Grávida atingida por bala perdida morre em Belo Horizonte

A jovem Carla da Silva Costa, de 20 anos, atingida por um tiro na cabeça durante uma perseguição policial em Belo Horizonte, não resistiu ao ferimento e faleceu ontem no Hospital Municipal Odilon Behrens. Grávida de cerca de cinco meses, Carla foi baleada na porta de casa, em um dos becos do bairro. O tiroteio ocorreu pela manhã quando policiais militares perseguiam um suposto traficante de drogas e outros suspeitos.

Segundo testemunhas, a jovem varria a calçada e estava com a filha de três anos. Ela foi alvejada quando procurava um abrigo e abaixou-se para carregar a criança. A gestante foi levada para o hospital em estado gravíssimo. A morte do feto foi confirmada no meio da tarde, antes do falecimento da mãe, que teve perda de massa encefálica. De acordo com a assessoria do Odilon Behrens, a morte de Carla foi constatada às 21h10. Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) e submetido a uma autópsia. O laudo pericial deverá ser divulgado em um prazo de 30 dias.

O episódio revoltou moradores, que acusaram um sargento que comandava o grupo tático móvel do 34º Batalhão da PM de ser o autor do disparo que matou a mulher grávida e seu futuro bebê. Centenas de pessoas fecharam com barricadas uma avenida. Para dispersar os manifestantes, militares usaram cassetetes, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Moradores denunciaram também supostas práticas de extorsões praticadas por policiais. Segundo Luciene, pela apuração preliminar da PM, há fortes indícios de que o tiro que vitimou a gestante e seu futuro bebê partiu dos supostos marginais.

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