Governo vai apoiar concurso para escolher os melhores cafés do Paraná

O Governo do Estado vai participar da realização do Segundo Concurso Café Qualidade Paraná, que será realizado em outubro. E vai colocar técnicos da Secretaria da Agricultura à disposição da Câmara Setorial para colaborar e ajudar na elaboração de um projeto para ser apresentado ao governador Roberto Requião no sentido de ajudar a divulgar o evento. Este foi o resultado de reunião realizada nesta quarta-feira (01) na Secretaria entre o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, e representantes da Câmara Setorial do Café.

Segundo os representantes da Câmara Setorial, o objetivo do evento é premiar os melhores cafés produzidos no Estado levando em conta o quesito qualidade dos grãos, rentabilidade econômica e a questão ambiental e social das propriedades.

Para Orlando Pessuti, a realização deste concurso é uma boa oportunidade para divulgar a imagem do café paranaense junto aos consumidores, e de mostrar que o produto é tão bom quanto os de outros Estados. Ele ressaltou a importância da cultura cafeeira para o Estado. ?O café é uma atividade que, ao longo da história, ajudou significativamente para a expansão e o desenvolvimento do Paraná, e por isso mesmo temos que valorizar o nosso produto?, enfatizou.

O gerente da Câmara, Francisco Galli, lembrou que o Paraná há alguns anos vem sendo condenado como produtor de café, mas que graças ao trabalho desenvolvido pelo Iapar foi possível mostrar que o Estado pode continuar produzindo um café de boa qualidade. ?A dificuldade hoje é convencer o consumidor que essa qualidade existe?, explicou.

A Abic ? Associação Brasileira de Indústrias de Café se comprometeu em participar do concurso e adquirir o café premiado. ?A participação dos produtores do evento tira o estigma de que o Paraná não produz um bom café, mas para isso precisamos do apoio do Governo e também da Apras (Associação de Supermercados do Paraná), que é quem coloca o produto na boca do consumidor?, explicou Guivan Bueno.

Ele destacou ainda a valorização do produto vencedor. ?O concurso é tão importante que no ano passado (concurso nacional) o café premiado, de Minas Gerais, foi vendido a R$ 8.100,00?. Ainda segundo Bueno, o café que ganhou o segundo lugar é de uma propriedade na Bahia de apenas oito hectares, colhido no pano, e que foi comercializado depois a R$ 2.000,00. ?Se mostrarmos essa importância, e conseguirmos fazer com que os grãos sejam produzidos aqui com o mesmo capricho, com certeza a cultura será valorizada e o Paraná ganhará respeito novamente como produtor de café?, completou.

De acordo com o secretário-executivo da Câmara Setorial, e coordenador estadual do setor café do Deral, Paulo Frauzini, 229 municípios ainda produzem café no Paraná. No ano passado foram produzidos 2,5 milhões de sacas, e para este ano a estimativa é que a safra fique m torno de 1,5 milhão. ?É fundamental para o Estado manter um parque cafeeiro de três a quatro milhões sacas/ano, assim daria para abastecer o mercado interno, indústrias e o Mercosul?, disse ele.

Participaram da reunião com Pessuti o secretário-executivo da Câmara Setorial, Paulo Sérgio Frauzini; Armando Androcioli Filho, do Iapar; Guivam Bueno, da Associação Brasileira das Indústrias de Café; Francisco Galli, da Sociedade Rural do Paraná; Valmor Rovaris, da Associação de Supermercados do Paraná; Gustavo Sbrissia, analista econômico da Ocepar; e Adéleio Borges, do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura.

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