Governo organiza criação de gestor para Vila Velha

O procurador geral do Estado, Sergio Botto de Lacerda, informa que o governo está trabalhando para a criação do Conselho Consultivo que vai gerir o Parque de Vila Velha e também para homologar o plano de manejo da área de preservação ambiental. Na última quarta-feira, em decisão unânime, a 2.ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Paraná deu provimento ao agravo interposto pelo Estado para a reabertura do parque.

João José Bigarella e mais 14 pessoas ajuizaram ação na justiça em 1978 pedindo que o Estado devolvesse as características primitivas ao parque. A decisão favorável na ação aconteceu em 1993, e só em 2001 é que o governo iniciou a revitalização do local, depois de um acordo feito entre as partes. No entanto, para Bigarella, o acordo não foi cumprido e ele tenta na justiça impedir a reabertura. Mas o relator do caso, desembargador Luiz Cezar de Oliveira, considerou que o Estado cumpriu o que havia sido determinado.

O Conselho Consultivo será composto por representantes do próprio governo, ongs, universidades e entidades de pesquisa. Esse conselho também deve homologar as normas de manejo do parque. As diretrizes do plano já foram elaboradas e fazem parte dele um estudo técnico sobre a fauna, flora e o limite de utilização turística. “Não temos pressa. Vamos continuar estudando para abrir o parque de forma a garantir a sua preservação”, comenta Botto.

Tom Grando, coordenador institucional da ONG Liga Ambiental que integra o atual colegiado de gestão de Vila Velha é a favor da reabertura do parque. Mas ele diz que o Estado precisa primeiro resolver como fica a situação de uma igreja que foi construída no local e que ainda não foi retirada, conforme preconiza o plano de manejo. “É um local público e pela lei é proibido. O que pode acontecer se outras religiões reivindicarem o espaço?”, questiona. Ele também diz que precisa ser criado um plano de uso da BR 376 que passa em frente aos arenitos. “É comum o atropelamento de animais do parque e acidentes com cargas tóxicas”, diz.

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