Governo e setor privado defendem qualidade da carne bovina do Paraná

Esclarecer os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais sobre a qualidade da carne bovina do Paraná. Este é o desafio de representantes da Secretaria da Agricultura, da Saúde, do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Paraná (Sindicarne), da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomercio) e Procon-Pr, que vistam nesta sexta-feira (4), em Curitiba, supermercados de diferentes redes.

A iniciativa foi tomada nesta quinta-feira (03), durante reunião de caráter emergencial na sede da Secretaria da Agricultura para discutir medidas contra o uso de cartazes, fixados em gôndolas de alguns supermercados da cidade, que traziam mensagens prejudiciais ao consumo de carne bovina do Estado devido a um suposto risco de aftosa. No encontro, representantes do Governo do Estado, setor produtivo e comércio também repudiaram notícias, veiculadas pela imprensa, que comprometem a qualidade do produto paranaense.

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, considerou absurdo o procedimento dos responsáveis por alguns supermercados em alertar o consumidor sobre um risco que não existe. Pessuti lembrou que nos cinco Seminários Regionais ?Paraná Contra a Febre Aftosa?, realizados na semana passada, em Cascavel, Umuarama, Paranavaí, Ponta Grossa e Londrina, ele reforçou o apelo para que as pessoas dêem preferência aos alimentos produzidos no Paraná. ?Primeiramente, a febre aftosa não oferece nenhum risco à saúde humana. Depois, caso confirmassem a doença no Estado, animais doentes jamais seriam abatidos para consumo. Mas, sim, seriam sacrificados?, afirmou.

Ao criticar a iniciativa de alguns supermercados em denegrir a imagem da carne produzida no Paraná, o secretário da Agricultura ressaltou os prejuízos que o procedimento causa aos setores produtivo e industrial do Estado. ?Essa atitude não encontra nenhum respaldo no que se refere à sanidade?, comentou.

Durante a reunião, o diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, esclareceu os participantes sobre todas as medidas adotadas pela Secretaria desde o dia 10 de outubro, quando o Paraná foi comunicado sobre a existência da doença em Mato Grosso do Sul. Segundo Ribas, desde então, nenhuma decisão foi tomada pela Secretaria sem a participação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) e do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec-Pr). ?Nossas decisões são compartilhadas. Sempre temos a preocupação de defender os produtores, as indústrias, as cooperativas, enfim, o mercado do Paraná?, disse.

O diretor-geral da Secretaria também lembrou que os produtos comercializados são inspecionados pelos sistemas de inspeção federal, estadual, municipal e pela Secretaria da Saúde. ?Acho que, ao desacreditar esses serviços de inspeção do Paraná e do País, estamos provocando uma situação perigosa?, criticou.

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