Governo define primeiras ações para combater a pobreza

O governo definiu hoje as primeiras providências que tomará para melhorar as condições de vida nas três comunidades carentes visitadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quase todos os ministros na semana passada. A intenção é realizar obras de saneamento, levando água e esgoto à Vila Irmã Dulce, em Teresina (PI); remover as palafitas da favela Brasília Teimosa, no Recife (PE), providenciando novas casas aos moradores; e acelerar os estudos para a construção de uma ponte sobre o Rio Jequitinhonha, unindo assim os dois lados da cidade de Itinga (MG).

Além das providências nas três localidades visitadas por Lula, na viagem em que simbolicamente apresentou a pobreza do País à sua equipe, o governo discutiu hoje medidas emergenciais para atender os desabrigados em Petrópolis (RJ), cidade atingida por desmoronamentos provocados pela chuva. Participaram da reunião, no Palácio do Planalto, o presidente em exercício, José Alencar, e os ministros José Dirceu (Casa Civil), Olívio Dutra (Cidades) e Ciro Gomes (Integração Nacional).

A reunião foi realizada a pedido de Lula. Hoje, antes de embarcar para Quito, no Equador, ele voltou a conversar sobre o assunto com o vice-presidente e substituto interino, José Alencar. Lula e 29 ministros e secretários de governo estiveram sexta-feira na Vila Irmã Dulce e na Favela Brasília Teimosa, onde viram de perto a pobreza da periferia das capitais brasileiras. No caso da Vila Irmã Dulce, em Teresina, as deficiências de saneamento comprometem a higiene e a saúde dos moradores. Na favela Brasília Teimosa, a área tomada por palafitas é a mais pobre da localidade e fica próxima ao mar, sendo freqüentemente inundada.

No sábado, Lula e sua comitiva foram a Itinga, no Vale do Jequitinhonha – área de Minas Gerais com indicadores de pobreza semelhantes aos dos municípios mais pobres do Nordeste. Lá o presidente precisou atravessar o rio de balsa e prometeu esforços para construir a ponte. Segundo a prefeitura de Itinga, um orçamento feito em 2001 indicou que a obra custaria cerca de R$ 1,8 milhão.

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