Governo aumenta em 447% o número de vagas em colégios agrícolas

Nos três últimos anos, a oferta de vagas para cursos profissionalizantes nos colégios agrícolas estaduais deu um salto de 447%. No final de 2002, apenas 900 alunos estavam matriculados nos colégios agrícolas, que somavam, então, 12 unidades em precário estado de manutenção, com falta de professores e infraestrutura inadequada. Três anos depois, com a construção de mais quatro escolas agrícolas, a reforma das antigas e a reativação de um colégio florestal, a rede soma 4.928 alunos distribuídos em 17 unidades.

O secretário da Educação, Mauricio Requião, disse que esse crescimento é resultado da política de retomada da oferta de Educação Profissional no Paraná. ?No governo anterior, a educação profissional de nível médio foi praticamente extinta, e com ela os colégios agrícolas. Hoje, já são 360 cursos profissionalizantes abertos nos três anos do atual Governo, incluindo 38 cursos ofertados nas unidades agrícolas?.

Os colégios agrícolas passaram a ter uma nova abordagem administrativa e pedagógica e são inteiramente gratuitos. ?Se não fosse essa gratuidade, muitos alunos não poderiam freqüentar as escolas?, comenta o secretário da Educação.

?Além disso, os recém formados dos colégios agrícolas e florestais continuarão a receber o apoio do Governo do Estado. Os alunos que concluírem o curso vão poder contar, já a partir de 2006, com o financiamento do Pronaf Jovem. Eles poderão fazer financiamentos a juros anuais de 1%. Além disso, terão dez anos para pagar?, acrescentou.

A chefe do Departamento de Educação Profissional, da Secretaria de Estado da Educação, professora Sandra Garcia, destaca a importância da existência dos colégios agrícolas, principalmente considerando a importância do setor primário na economia do Paraná.

?No governo passado, os colégios tinham a fama de formar técnicos que iriam assumir trabalhos em lojas que vedem produtos agrícolas. Alguns até falavam que os alunos eram formados para vender agrotóxicos?, comenta a professora. ?Então, fizemos uma mudança radical nesses colégios e o objetivo foi trabalhar com a perspectiva da agricultura familiar e com a agroecologia, que é a plantação de produtos orgânicos?, conclui.

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