Governistas iniciam ofensiva contra CPI do Apagão Aéreo

Os governistas iniciaram nesta quinta-feira (1º) na Câmara um movimento para fazer com que cerca de 106 deputados da base aliada ao Palácio do Planalto retirem ainda hoje suas assinaturas do requerimento de criação da chamada CPI do Apagão Aéreo, informaram dirigentes petistas. Em movimento simultâneo, oposicionistas pedirão agora à tarde ao presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que impeça que a comissão parlamentar de inquérito seja abortada antes da instalação.

Segundo informação de líderes governistas, há no governo o temor de que muitos deputados assinaram o requerimento apenas como forma de pressionar o Palácio às vésperas de uma reforma ministerial. Assinaram o requerimento de criação da CPI 211 deputados – 40 a mais do que o número necessário (171) para que a comissão seja instalada.

No PT, interlocutores do Palácio do Planalto informam que o governo, estranhando o fato de ser de partidos governistas mais da metade dos deputados que endossaram o documento, está pressionando para que as assinaturas sejam retiradas ainda. Entre os nomes que o governo não esperava ver no pedido de criação da CPI, estão os do líder do PCdoB, Renildo Calheiros, do ex-líder do PDT Miro Teixeira, do atual líder do PTB, Jovair Arantes, além de deputados do PSB e do PV.

Na ofensiva pela retirada das assinaturas, o governo mobiliza ministros, líderes de partidos aliados e dirigentes do PT. A retirada de assinaturas não poderá ser feita individualmente. Em razão de um Ato da Mesa editado quando o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) era presidente da Câmara, a retirada só pode ser feita em bloco – por, no mínimo, metade mais um dos 211 parlamentares que firmaram o documento.

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