Depois de passar dois anos e meio presa no Brasil, a cantora mexicana Gloria Trevi conseguiu nesta quinta-feira autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para ser transferida para um convento. Acusada de corrupção e rapto de uma menor no México, Gloria foi transferida à noite de uma delegacia de polícia no Cruzeiro, cidade-satélite de Brasília, para a Residência das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, em Brasília.
Para o convento também foram Angel Gabriel, filho de Gloria, de cinco meses, e sua secretária, Maria Raquenel Portillo, a Mary Boquitas. O empresário de Gloria, Sergio Sanches, que também está preso pelo mesmo crime, não foi beneficiado com a decisão do STF.
A prisão domiciliar foi concedida pelo presidente do Supremo, ministro Marco Aurélio Mello, responsável pelas decisões do tribunal durante este mês de recesso forense. O ministro é adepto da tese de que apenas réus condenados sem direito à apelação judicial devem permanecer presos.
A cantora responde a um processo de extradição solicitado pelo governo mexicano no Supremo. Na semana passada, um juiz do México anulou o pedido. Com isso, o processo de extradição deverá ser arquivado pelo STF e Gloria, libertada.
A Polícia Federal, encarregada de fazer a escolta da cantora até o convento, buscou Mary Boquitas no presídio da Papuda, a 30 quilômetros de Brasília. (AG)