Gionédis se irrita com Bradock e deixa Assembléia sem depor a CPI

A CPI do Banestado na Assembléia Legislativa teve na manhã de hoje uma de suas sessões mais tumultuadas. Irritado com a forma como o relator deputado Mário Bradock (PMDB) conduzia o interrogatório da ex-procuradora-geral do Estado, Márcia Carla Pereira Ribeiro, o ex-secretário da Fazenda Giovani Gionédis protestou, afirmando que se tratava de um comportamento agressivo, intolerável numa comissão composta por representantes populares, e avisou que estava se retirando em sinal de protesto.

Gionédis ainda acusou Bradock de manter em seu gabinete um funcionário que “vende títulos do município no mercado”. Qualificou a CPI de “inquisição” e disse que só retornaria para depor em outra ocasião, por força de nova convocação.

Ao deixar o plenário, disse aos jornalistas que “isso aqui é um circo”, referindo-se ao incidente. Também afirmou que não havia deixado de comparecer na sessão da véspera: “Não vim porque não fui regularmente convocado”.

O depoimento do ex-secretário estava previsto para as 11h. Ele chegou antes, acompanhado pela mulher, a também advogada Louise Pereira Gionédis, e carregando um grande volume de arquivos e documentos. Com a sua saída, a comissão decidiu cancelar a terceira etapa dos depoimentos, que reuniria ainda o ex-vice-presidente do Banestado, José Evangelista de Souza, e um representante do Tribunal de Contas do Estado.

Uma nova audiência foi marcada para o dia 29 e o presidente da comissão, deputado Neivo Beraldin (PDT) advertiu o TC de que se não se fizer representar na ocasião, a CPI convocará o presidente daquela corte, conselheiro Henrique Neigeboren. Quanto ao ex-secretário da Fazenda, a comissão decidiu que se houver uma nova recusa em depor, vai recorrer ao juiz da 2.ª Vara Criminal Federal de Curitiba para que determine o seu comparecimento.

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