Geoprocessamento muda maneira de combater o crime no Paraná

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, anunciou oficialmente, nesta terça-feira (09), durante a reunião do secretariado, o início dos trabalhos de combate à criminalidade através do Geoprocessamento ? Mapa do Crime. Delazari demonstrou ao governador Roberto Requião e a todos os presentes na reunião o funcionamento do software desenvolvido pelo Governo do Paraná e também como é feita a análise dos dados da criminalidade que baseiam as ações policiais de combate à violência no Paraná. ?A utilização do Geoprocessamento muda a maneira de combater o crime no Paraná. Aqui as polícias vão atuar sempre com inteligência e com acompanhamento para ver a eficiência das atuações de combate ao crime?, explicou Delazari.

O sistema de monitoramento para o combate ao crime da Secretaria da Segurança Pública do Paraná é um dos mais modernos e eficientes do país. O Geoprocessamento ? Mapa do Crime, permite à Secretaria ter o controle dos locais, horários e tipos de crimes que acontecem em todo o Paraná. Para implantar o novo sistema, o Governo do Paraná já investiu cerca de R$ 1 milhão para a aquisição de equipamentos de informática de última geração e estruturação de todo o projeto.

?O setor de estatística é uma das principais ferramentas estratégicas para se combater a criminalidade. É com estas informações que o policial pode montar operações bem sucedidas e ir direto no ponto onde certamente pegará os bandidos. Este é mais um dos projetos que profissionaliza ainda mais a atuação policial no estado?, explicou o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari.

O objetivo do mapeamento é o de criar condições para localizar com precisão os lugares onde os crimes acontecem. Isso é possível através de um programa de computador que relaciona os tipos de crimes registrados com os locais em que eles freqüentemente acontecem, os chamados ?hot spots? ou ?pontos quentes?. Esses locais são identificados por dados de longitude e latitude em fotos aéreas digitais que permitem a visualização precisa de regiões, ruas e até mesmo endereços específicos como o de uma residência em qualquer cidade do estado.

Agilidade

Com o Mapa do Crime em mãos, os policiais poderão montar operações especiais para conter ?ondas? de criminalidade porque saberão exatamente como e onde os bandidos agem. ?Se os criminosos migrarem para outra região da cidade, a polícia vai junto. Os dados da criminalidade nas cidades serão atualizados a cada nova ocorrência registrada?, disse o secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.

Segundo o secretário, a constante atualização dos dados sobre a violência vai dar agilidade ao trabalho da polícia e, a cada modificação no Mapa, a Secretaria de Segurança vai poder medir os resultados das ações da polícia. ?Quando marcamos vários pontos no mesmo local, a polícia vai perceber que ali é necessário um policiamento específico. Visualizando através do mapa fica mais fácil a percepção de reincidência de ocorrências, tornando o trabalho policial mais ágil e eficiente?, explicou o assessor especial da Secretaria da Segurança, Marcelo Jugend, responsável pela implantação do Geoprocessamento no Paraná.

O Geoprocessamento foi implantado e mapeia o crime em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu desde julho de 2003. ?O Mapa do Crime será implantado em três fases. Na primeira, serão atendidas 39 cidades. Posteriormente, mais 42 municípios e na terceira etapa, as demais 318 localidades do estado?, garantiu o secretário.

Treinamento

A próxima fase de implantação do Geoprocessamento é o treinamento de policiais para preencherem o Boletim de Ocorrência Único, que unificará as informações sobre os registros de crime em todo o estado. Neste segundo semestre do ano, policiais civis e militares participarão do curso. Uma cartilha está sendo elaborada para capacitá-los a colocarem os dados corretamente no boletim. ?O conceito do boletim de ocorrência muda com a existência do Geoprocessamento. Antes, ele era exclusivo para começar uma investigação pela polícia judiciária. Hoje, além desta função, ele serve para alimentar o Geoprocessamento?, explicou o assessor especial da Secretaria da Segurança Pública, Marcelo Jugend, responsável pelo programa.

O treinamento será feito na Escola Superior da Polícia Civil. Serão chamados os policiais responsáveis pelo setor de treinamento de cada região do estado, tanto da Polícia Militar, quanto da Civil. Posteriormente, estas pessoas responsáveis por estes setores promoverão treinamentos em suas cidades, para os outros policiais. ?O manual é necessário neste momento, para que neste repasse das informações não se fuja da idéia principal?, justificou Jugend.

Uma das principais funções do Boletim de Ocorrência Único será a de unificar as informações sobre os crimes registrados no estado. ?Não teremos mais dois registros, mas somente um, que unificará as informações das duas forças policiais. Eles estarão trabalhando em consonância, complementando-se?, acrescentou.

Além disso, policiais civis e militares que passam pelo treinamento também aprenderão a trabalharem juntos. ?Os policiais militares e civis vão passar a formar uma única equipe de combate ao crime. Isso vai revolucionar a polícia?, finalizou o secretário Delazari.

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