Brasília – O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro, defendeu hoje o apoio do PMDB à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o governo precisa dizer logo que deseja essa parceria, considerada essencial para qualquer administração por causa da importância estratégica do partido no Congresso e nos Estados. "Temos de respeitar o direito do PMDB de ter candidato próprio, pois é um partido nacional, que tem muitos vínculos regionais. Mas nós temos de dizer logo que se, eventualmente, o candidato do PMDB não for para o segundo turno ou não tiver candidato no primeiro turno, que o PMDB é um partido estrutural para governar o País, seja quem for o vencedor", afirmou.

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"O equilíbrio político nacional é composto por partidos que têm a responsabilidade e a experiência de gestão que tem o PMDB", completou. Genro preferiu não antecipar como é articulada a base de Lula para um eventual segundo mandato.

Ele insistiu:" O PMDB deve jogar papel fundamental em qualquer governo, no próximo período, e tomara que seja no nosso " Sobre a reeleição do presidente, Genro disse que o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), montará um grupo para coordenar a campanha, como também aposta na reconstrução da legenda na disputa.

A presença de Lula no encontro nacional da sigla, sexta-feira (28), é interpretada como um gesto de recuperação política da agremiação, que teve a imagem arranhada com as denúncias de corrupção.

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"Será um encontro de reconstrução do partido, de refundação estratégia do partido", analisou. Na avaliação do chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o presidente reúne condições favoráveis para a reeleição junto à sociedade, apesar dos "erros e acertos que todo o governo tem".

Genro citou como pontos positivos para Lula "a inflação baixa, taxa declinante dos juros, retomada do crescimento e aumento das exportações, inserção internacional adequada e prestígio da política global que o Brasil vem adquirindo".

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Para o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, o pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) "é respeitável", mas revelou que preferia uma disputa entre o presidente e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"A única coisa que lamento é que não seja o Fernando Henrique porque expressa mais nitidamente a oposição contra Lula " "Mas ele ainda tem idade para essa disputa?", perguntou uma jornalista, ao que Genro respondeu: "Ele está muito sadio até pela agressividade que tem demonstrado."