Genro expõe preocupação com sucessão na Câmara

O Ministério de Relações Institucionais divulgou nota confirmando que os dirigentes dos partidos da base aliada se mostraram preocupados, na reunião de ontem à noite com o ministro Tarso Genro, com a divisão entre os governistas em relação à sucessão na presidência da Câmara e com a possibilidade de lançamento de um terceiro candidato. As duas candidaturas que dividem os aliados são as do atual presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), e a do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Um terceiro nome poderá surgir hoje na reunião da bancada de novos deputados do PMDB, convocada pelo presidente do partido, deputado Michel Temer (SP).

"A maioria dos presentes à reunião avaliou", segundo a nota divulgada pelo Ministério, "que o problema efetivo não é a base aliada ter dois candidatos, já que ambos são integrantes da coalizão. O problema poderá ocorrer se surgir uma terceira candidatura com capacidade de polarizar, que possa dividir os votos da base aliada em um eventual segundo turno na eleição da Câmara." O ministro Tarso Genro reitera, segundo a nota, que "o governo não pode, não deve e não escolherá um dos candidatos, pois, além de ser uma questão interna do Legislativo, ambos os quadros políticos merecem a confiança do governo.

A nota informa que a reunião teve início no começo da noite, "fora do Palácio do Planalto", e terminou às 21 horas e que os dirigentes partidários chegaram a quatro conclusões: "Tanto Aldo Rebelo como Arlindo Chinaglia são integrantes da base do governo e merecem a confiança dos partidos e do governo; Os presidentes dos partidos e suas lideranças vão continuar negociando para buscar a unificação de candidaturas; O PT e o PC do B farão reunião hoje para discutir as respectivas posições a respeito da sucessão na Câmara; Adquiriu especial importância a reunião do PMDB, hoje, quando 84 dos 90 deputados da sua bancada farão uma avaliação da posição do partido sobre a sucessão na Câmara.

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