O presidente nacional do PT, José Genoino, rebateu hoje as críticas feitas ontem pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva teria uma prática centralizadora, comparada à verificada durante o período militar do País. Em entrevista concedida ao portal do partido na internet, o dirigente petista afirmou que Alckmin está entrando na onda do “discurso da centralização”, que não resiste à análise dos fatos.

“O governador Alckmin não pode citar nenhuma medida de centralização do governo Lula porque a reforma da Previdência e a reforma tributária foram pactuadas com os governadores”, observou Genoino, em referência às críticas de que o governo federal estaria adotando medidas com o objetivo de promover o enfraquecimento dos Estados. “O governador Alckmin está dando uma opinião muito mais de oposicionista do que de governador de São Paulo”, comentou.

O presidente do PT também reagiu aos comentários feitos ontem pelo governador paulista sobre o aumento da carga tributária. Alckmin classificou ontem como “pacote de maldades” a reforma de tributos proposta pelo governo federal, com aumento do PIS e da Cofins. De acordo com Genoino, a elevação aconteceu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, que teria elevado os impostos em 10 pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB).

“O governo Lula não aumentou a carga tributária. Quem aumentou foi o governo do PSDB, que subiu os impostos em 10% do PIB. A mudança na Cofins foi exatamente para atender às reivindicações da iniciativa privada para acabar com a cumulatividade”, explicou Genoino, ressaltando que o aumento da arrecadação tem sido conseqüência da recuperação econômica e do combate à sonegação.
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