Genoíno: alta de Ciro nas pesquisa é “fenômeno de momento”

A alta de Ciro Gomes (PPS) nas pesquisas de intenção de voto foi avaliada hoje pelo candidato do PT ao governo de São Paulo, José Genoíno, como ?fenômeno de momento?. Ele negou que Ciro esteja ameaçando Lula. ?A campanha ainda não começou, e Lula já se consolidou em primeiro lugar?, disse.

Segundo ele, o PT quer construir um bloco de esquerda em São Paulo para derrotar os dois candidatos da direita, Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB), ao governo do Estado. Ele acrescentou que o partido ?está aberto? a conversas com o PSB, depois da desistência de Jacó Bittar em disputar o governo paulista. ?Tenho amizade profunda com a companheira Luiza Erundina e grandes amigos no PSB. Vamos acompanhar as decisões do partido?, afirmou.

No bloco de esquerda também está incluído o candidato ao Senado Orestes Quércia (PMDB). Para o petista, o apoio de Quércia é saudável porque o peemebista não terá nada em troca. ?É diferente das alianças entre o PSDB e o PFL. Nós não vamos negociar nosso programa com o PMDB?, garantiu.

Genoíno fez campanha na região de Campinas, onde foi entrevistado por uma emissora de tevê, almoçou com deputados em Sumaré e participou de uma carreata em Valinhos. À noite, estão previstos comícios em Louveira e Jundiaí.

O petista disse que a criação de empregos é o ponto mais importante do plano de governo que irá apresentar durante a campanha. Para isso, disse que é preciso investir em educação, conhecimento e programas para a juventude.

Ele defendeu a declaração de Lula de que o investimento na indústria nacional deve ser prioridade do governo, no lugar de acordos com o FMI. ?É preciso priorizar interesses do Brasil no enfrentamento do protecionismo. O Lula chamou o governo a visitar as fábricas para ver o que significa o desemprego, 40% da capacidade produtiva do Brasil está ociosa?, disse.

Ele apontou como solução investimentos de bancos nacionais, como a Caixa e o BNDES, além de acordos para a exportação de produtos brasileiros. Genoíno defendeu que a agricultura, a construção civil, as pequenas e médias empresas têm que ser apoiadas pelo governo para fomentar o mercado interno.

Outra prioridade é a segurança pública. ?É um tema complexo, mas estou preparado para ele?, garantiu. O candidato citou como medidas a criação de uma central de inteligência, de forças especiais para combater o crime organizado e da polícia comunitária para atuar próxima aos moradores. ?A Rota deveria ser uma força especial para agir onde a criminalidade é um poder paralelo?, disse.

O problema de segurança pode ser solucionado se for tratado como prioridade pelo governo do Estado, tiver contrapartida financeira do governo federal e apoio de empresas para equipar as polícias, disse.

Ele aproveitou para criticar a ?farra? dos pedágios na região de Campinas, que somam 15. ?O número tem que ser reduzido e é preciso negociar com as concessionárias tarifas menores?, afirmou.

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