Genoino acredita em pacto em torno da complementação da reforma

O presidente nacional do PT, José Genoino, disse que acredita que está aberta a possibilidade para um pacto do governo federal com os governadores em torno da complementação da reforma tributária, para diminuir o peso dos impostos. Em entrevista concedida hoje ao portal da legenda na internet, ele destacou que a negociação está avançando e reforçou a necessidade de complementação de matérias legislativas, como a negociação em torno da polêmica Medida Provisória 232, que corrige em 10% a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), mas aumenta a base de cálculo da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e do IR retido na fonte para os prestadores de serviços.

"O nosso governo é um governo de negociação e o diálogo com os governadores está aberto", informou Genoino. "Mas também é fundamental que o Congresso aprove a reforma política. No plano legislativo, essas são as principais questões para o PT em 2005", ressaltou.

Indagado se o momento atual é o adequado para a reforma ministerial, o líder petista afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está examinando esta alternativa, mas frisou que, atualmente, o PT prioriza as condições políticas, a fim de viabili zar a agenda de 2005 para consolidar o crescimento econômico.

Eleições

Sobre as disputas previstas nas prévias do partido para as eleições estaduais em São Paulo em 2006, Genoino comentou que o PT está trabalhando com o diretório paulista para criar as condições para uma vitória petista no próximo ano. "Vamos trabalhar com debates democráticos, na busca do consenso e para o partido criar condições de uma vitória em 2006. Para isso, a direção nacional está trabalhando diretamente com o coordenador desse processo no Estado, o companheiro Paulo Frateschi, o presidente do PT paulista", observou.

MST

Quanto às ameaças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) para o mês de abril, para quando está prevista uma seqüência de manifestações contrárias à situação agrária atual do País, o presidente do PT negou que elas estejam ocorrendo, porque o governo Lula estaria conversando com o movimento social.

"Não há ameaça. Isso é demanda do movimento social que o governo tem de resolver com o diálogo", disse Genoino. "Temos de dialogar buscando soluções concretas para a agricultura familiar para os assentamentos e para cumprirmos nossa meta na reforma agrária", afirmou.

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