Furma afirma que bancos facilitarão crédito para medidas do governo

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira (20) que os bancos oficiais estão trabalhando no sentido de apoiar as medidas que serão anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atrair investimentos e estimular o crescimento econômico. Segundo o ministro, os bancos devem facilitar o crédito e encurtar os prazos para liberação dos recursos para que os investimentos fluam mais rapidamente.

O ministro também informou que as medidas de desoneração em estudo serão suplementares às que já aconteceram nos quatro anos de governo, mas poderão beneficiar outras áreas para reduzir o custo dos investimentos. De acordo com ele, a idéia é reduzir tributos não somente para máquinas e equipamentos, mas também para os investimentos em instalações industriais, como por exemplo o projeto de engenharia e os vergalhões de aço.

Furlan voltou a defender as propostas de desonerações tributárias que sempre esbarram na resistência da Receita Federal. "Os dados disponíveis mostram que todas as medidas de desoneração nos últimos quatro anos tiveram um efeito de potencialização da arrecadação pela dinâmica e pelo crescimento econômico. Às vezes a gente se assusta com o passo inicial, mas na verdade, quando olha ao longo do período, não tem como a arrecadação cair com a economia crescendo a 5% ao ano", afirmou o ministro, que participou nesta segunda-feira do encerramento de um seminários sobre Arranjos Produtivos Locais, promovido pelo Sebrae.

Furlan disse que estão em estudo cerca de 12 medidas, das quais 7 já são consenso. "O País só vai crescer 5% ao ano se tiver um crescimento da poupança e do investimentos que representem 25% do PIB", afirmou. Ele disse que as medidas estão dependendo de finalização dos ministérios envolvidos e que o presidente Lula tem cobrado insistentemente a conclusão do pacote.

O ministro informou ainda que parte do pacote tem como características atender a população de baixa renda, mas por outro lado, o presidente Lula pediu para que sejam desonerados todos os tipos de investimentos. "Não faz sentido que uma empresa recolha tributos antes de funcionar. A arrecadação tem que vir da produção e da renda. E estamos num bom caminho. O imposto que mais cresceu foi o Imposto de Renda", argumentou o ministro.

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