O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje aos empresários que participaram em Curitiba do XIV Congresso Brasileiro da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, que as exportações brasileiras devem aumentar 50% nos próximos dois anos. Segundo ele, ainda neste ano, o total exportado deve passar de US$ 60 bilhões para cerca de US$ 90 bilhões.
Furlan, que falou no encerramento do evento, foi aplaudido quando disse que o governo não produz, não compra nem vende, quem faz isso são as empresas que trabalham na busca de mercado. Ele lembrou que, no ano passado, o volume de exportações, para 23 países de todo o mundo, cresceu mais de 100% e o fato está se repetindo neste ano.
De acordo com Furlan, ainda há muito espaço no mercado mundial, não só para os produtos brasileiros, mas também para vender tecnologia. Ele disse aos empresários que muitas pessoas não conhecem o potencial da indústria brasileira, lembrando por exemplo que o país é o maior produtor mundial de jogos eletrônicos para telefone celular. “Os números nos deixam com otimismo de que o crescimento econômico deste ano vai ultrapassar os 4% previstos”, afirmou.
O ministro justificou seu otimismo lembrando que, na área de financiamentos, ponto crítico para as pequenas empresas, os dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do primeiro semestre deste ano mostram aumento de 46% na oferta de créditos para pequenas e médias empresas, chegando a 5,6 bilhões de reais. Segundo ele, vários produtos estão sendo lançados para a modernização das empresas.
Furlan destacou a criação do Programa de Modernização de Máquinas (Modermaq), que vai financiar 90% dos equipamentos para empresas, com cinco anos de prazo para o pagamento e juros fixos nesse período, de 13,95% ao ano, pouco mais de 1% ao mês. Segundo o ministro, o governo dispõe inicialmente para este programa de R$ 2,5 milhões.