Fundação de Ação Social, Fiat e Centro Vivo criarão escola

O prefeito Beto Richa e a presidente da Fundação de Ação Social, Fernanda Richa, assinam hoje um protocolo de intenções com a Fiat e a Associação Comercial do Paraná (ACP) para a implantação de uma unidade de capacitação na região central da cidade. A iniciativa faz parte do programa Centro Vivo, coordenado pela ACP e que tem a parceria da Prefeitura de Curitiba. A escola será dirigida a adolescentes e deve oferecer cursos voltados à indústria automobilística, como mecânica, funilaria, pintura, vendas e informática.

Assinarão o protocolo o presidente da ACP, Cláudio Slaviero; o presidente do Conselho Gestor do Centro Vivo, Jonel Chede, e executivos da Fiat. A Prefeitura, através da FAS, vai ceder o espaço físico e atuar na gestão da escola, enquanto a Fiat ficará responsável por montar toda a estrutura e equipá-la. O funcionamento da unidade está previsto para o segundo semestre.

Os alunos formados na escola poderão contar com estágio e, dependendo da idade, até mesmo emprego na própria Fiat, suas concessionárias e outras empresas que apóiam o programa Centro Vivo. "Este termo de parceria vai permitir dar início ao projeto. A partir daí, os parceiros poderão definir o modelo de escola a ser implantado", explica o coordenador do Centro Vivo, Jorge Luiz Biancamano.

Para a diretora de Geração de Rendas da FAS, Ana Maria Ghignone, o apoio da Prefeitura irá além da cessão do espaço. "A FAS tem grande experiência na área de capacitação", lembra. Os Liceus de Ofícios, programa que integra a política de geração de renda desenvolvida pela Prefeitura de Curitiba, com a coordenação da Fundação, conta com 26 unidades educacionais distribuídas pela cidade. "Os cursos dos Liceus se destinam à qualificação e requalificação profissional, atendendo a população com baixo nível de escolaridade e capacitação", acrescenta.

Em 2004, 35 mil pessoas se formaram em um dos 80 diferentes cursos de curta e média duração oferecidos nos Liceus. O público-alvo desses cursos são pessoas com renda familiar de até três salários mínimos; jovens candidatos ao primeiro emprego, a partir de 16 anos; pessoas com necessidades especiais; com baixa escolaridade e pouca qualificação profissional; com risco de perda de emprego; trabalhadores fora do mercado de trabalho; empreendedores que já têm ou querem iniciar seu próprio negócio; e a população oriunda de outros programas sociais do município.

Centro Vivo

A criação da unidade de formação profissional é uma das ações de responsabilidade social do Centro Vivo. Jorge Biancamano lembra que também está sendo montado um centro de atividades para os moradores da região central, voltado, principalmente, à população mais velha. "Das cerca de 34 mil pessoas que moram no centro, quase 9 mil têm mais de 50 anos", informa.

O objetivo de todas as ações é melhorar as condições comerciais e habitacionais do centro. "Para revitalizar o centro é preciso que as pessoas possam e queiram morar ali", diz Biancamano. Por isso, uma das metas é reverter a queda populacional da região.
Enquanto a cidade de Curitiba registra um crescimento anual de 1,8% no número de habitantes, o centro tem perdido, a cada ano, 2,33% de moradores.

O Centro Vivo foi implantado em maio de 2004, atendendo os empresários que estão estabelecidos numa área entre as praças Osório e Santos Andrade e a Tiradentes até a Carlos Gomes. As iniciativas do programa envolvem a Prefeitura de Curitiba, de diversos órgãos municipais, como a FAS, a Curitiba S.A., o Ippuc, as secretarias municipais de Governo, Defesa Social, Urbanismo e Turismo, além da Administração Regional Matriz. Também são parceiros do programa PUC, UFPR, Crea, Cecovi, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

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