Funcionários do BC em greve não querem reajuste escalonado

Os funcionários do Banco Central, que entraram ontem em greve, reivindicam mudança na forma de pagamento do reajuste salarial de 23% proposto pela instituição. A diretoria do BC propôs que um quinto do valor do reajuste seja concedido sobre o salário de outubro, um quinto a partir do salário de janeiro de 2005 e mais um quinto em agosto de 2005. Por fim, os dois quintos restantes do reajuste seriam concedidos sobre o salário de outubro do ano que vem.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) quer que a maior parte do reajuste seja feita ainda neste ano. Segundo o diretor do sindicato, Jorge Nelson, mais de 90% dos funcionários estão paralisados. Uma nova rodada de negociação está marcada para hoje (10), em Brasília, com a presença de representantes dos ministérios da Fazenda, Casa Civil e Planejamento.

Com a greve, estão parados os serviços de registros e homologações de títulos públicos e de distribuição de notas e moedas. Segundo Nelson, ?a partir de hoje já começarão a faltar algumas notas de baixo valor, mas a falta generalizada só acontece depois de uma semana sem o serviço?.

As transações interbancárias e o Departamento de Reservas Internacionais estão operando de maneira contingenciada, com funcionários monitorando o funcionamento do sistema.

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