O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, disse no Senado que é preciso ter calma em relação à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de um suposto esquema de propina envolvendo o chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, o PTB e o deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do partido. "Nesse momento é importante inaugurarmos a investigação criminal. A gente tem mania de precipitação. Vamos ter calma. Vamos ouví-los e os desdobramentos a gente vê depois".
Ontem (16), os partidos de oposição na Câmara dos Deputados e no Senado pediram a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o caso.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), as investigações estão apenas começando. "Se é caso de fazer uma CPI ou se é caso de apenas um funcionário fanfarrão corrupto que estava roubando em nome de uma rede, são as investigações que vão dizer."
A Polícia Federal começou a investigar hoje as denúncias. A abertura de inquérito foi pedida formalmente na segunda-feira pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
