FMI diz que política de juros reduzirá investimento na China e Índia

O contínuo aperto da política de juros deve reduzir o investimento e o crédito para níveis sustentáveis na China e na Índia, de acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado hoje para a região da Ásia-Pacífico. Na Ásia industrial, a expansão do Japão permanece sólida e o crescimento deverá continuar firme na Austrália e Nova Zelândia, prevê o Fundo. A previsão é que o PIB da Ásia Emergente tenha "leve" moderação para 8,5% em 2007, ante 9% em 2006. Para 2008, a previsão é de desaceleração da região para 8,1%.

O Fundo prevê que um "ritmo saudável de entrada líquida de capital para Ásia Emergente deve continuar. Investidores externos continuam atraídos pelos fundamentos da Ásia, e a região continua se beneficiando de busca por retorno e ainda é considerada um participante na alavancagem do crescimento global." Para o Fundo, há pouca evidência de que a entrada de capital tenha desempenhado um papel central na apreciação de moedas locais.

"O investimento estrangeiro direto (IED) na Ásia Emergente deve continuar elevado. O IED líquido é projetado em US$ 87 bilhões em 2007, praticamente inalterado ante o ano anterior", afirmou o Fundo. E o número de fundos de hedge deve continuar a se proliferar.

Segundo o Fundo, o investimento nos países do Sudeste Asiático (Asean) deve ter recuperação após o fraco 2006, em reposta a juros menores e à melhora de sentimento, e também deve acelerar o ritmo nas Novas Economias Industrializadas (NIEs). Na Ásia Emergente, fora da China, o aumento do consumo deve ser "modesto". As pressões inflacionárias estão contidas na maior parte da região. "No geral, a inflação deve permanecer em 3% para a Ásia Emergente" em 2007, diz o Fundo.

"A China e a Índia devem novamente liderar o caminho para um crescimento de 10% e 8,5%, respectivamente. O crescimento nas NIEs deverá declinar modestamente para 4,5%, enquanto o crescimento na Asean-5 (Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã) deve ficar inalterado (em 5,8%)", disse o Fundo em seu relatório.

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