O tráfego de caminhões em rodovias do País que têm cobrança de pedágio diminuiu 0,6% no mês passado, em relação a janeiro, de acordo com o índice ABCR de atividade de fevereiro, calculado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em parceria com a Tendências Consultoria Integrada.
O índice é um dado precursor do comportamento da produção industrial, já que o fluxo de veículos pesados nas estradas está estreitamente associado ao transporte da produção da indústria ou de insumos para a atividade do setor.
O índice ABCR só não entrou no terreno negativo em fevereiro porque, na contramão dos caminhões, o fluxo de veículos leves (automóveis e utilitários) cresceu exatamente 0,6%. A movimentação dos automóveis nas estradas está associada à renda e ao emprego da população. Entende-se que as famílias saem para viajar quando estão com dinheiro no bolso para pagar combustíveis e pedágios.
Para a economista da Tendências Consultoria Ana Carla Abrão, essa estabilidade apresentada pelo índice ABCR em fevereiro, comparativamente a janeiro, não representa uma inversão da trajetória positiva verificada nos meses anteriores. "O resultado mostra uma acomodação que já era esperada e está alinhada com a expectativa de uma recuperação lenta e gradual da economia como um todo", diz Carla.