Floresta de Pira

O Ibama está organizando um trabalho de coleta de sementes na mais nova área de proteção ambiental do Paraná, a Floresta Nacional de Piraí do Sul, numa tentativa de garantir a sobrevivência da araucária, cuja área de floresta nativa remanescente não chega nem a 1% da cobertura original do Estado.

A área foi criada no mês passado. Ela possui 125 hectares, o que equivale a 20 campos de futebol. Mesmo sendo pequena, é importante por ser um remanescente intocado pelo homem, com capacidade para produzir sementes de boa qualidade e condições de germinação. O Ibama possuía apenas outras duas unidades coletoras de sementes, que não eram preservadas como a de Piraí.

O superintendente do instituto no Paraná, Marino Eligio Gonçalves, reitera que a situação da araucária é alarmante: “Estamos assistindo ao seu extermínio”, define. Mas o problema não atinge apenas esta espécie: outras árvores que convivem no mesmo ecossistema, como a canela e a imbuia, também estão ameaçadas. Sem falar nos animais que dependem da floresta para sobreviver.

Uma equipe com biólogos e engenheiros está sendo montada para trabalhar na unidade. Mas o início das atividades devem demorar um pouco, já que precisa ser preparada toda a infra-estrutura no local. Também e necessária a criação de um Conselho Consultivo da Floresta, com a participação da comunidade para elaborar o plano de manejo.

Marino destaca que até o fim do ano serão criadas mais duas unidades de conservação, uma na região de Guaraqueçaba e outra em Guaratuba, ambas no litoral do Estado. Além disso, está sendo pesquisada a criação de mais uma no Sul ou Sudoeste do Paraná. Hoje o Estado tem quatro unidades de florestas nacionais, três parques nacionais, uma estação ecológica e duas áreas de proteção.

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