?O que a gente tem observado é uma atuação maior do Ibama e da Polícia Federal. Mas, quando o processo chega no âmbito judicial, tudo se torna mais difícil. A responsabilização tem sido muito lenta?, conta o pesquisador e secretário-executivo do Iamazon, Paulo Barreto. ?Em 92% dos casos, ao enviar o processo para a Justiça, o Ministério Público apresenta apenas propostas de reparação assistencialista, como doação de roupa e alimento.?
Durante o levantamento, o Iamazom verificou, no Ministério Público do Pará, a existência de 1,2 mil notificações do Ibama. Todas elas relacionadas com crimes ambientais. Para que os acusados sejam punidos, os responsáveis pelo estudo sugerem a criação de mais comarcas da Justiça Federal no interior dos estados.
?A impunidade no setor florestal, além de gerar o descrédito das instituições envolvidas, favorecerá empresas ilegais que destroem florestas, geram desemprego no médio prazo e concorrem deslealmente com empresas sérias?, alertam os autores da pesquisa, Paulo Barreto e Brenda Brito. De acordo com eles, o próximo passo da pesquisa é verificar se a estrutura jurídica do Ibama conta com uma estrutura capaz de acompanhar o andamento das notificações e cobrar providências da Justiça.
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