Fiscais libertam 90 trabalhadores rurais de duas fazendas em Goiás

Um grupo de 90 trabalhadores em condição análoga a escravos foi encontrado hoje por auditores do Trabalho em duas fazendas do município goiano de Campo Alegre, a 200 quilômetros do centro do Distrito Federal. O Grupo de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, composto por quatro fiscais, um procurador e três policiais federais, constatou que os trabalhadores sobreviviam em alojamentos sem condições básicas de higiene.

Até o final da tarde de hoje, os trabalhadores ainda não tinham sido retirados das fazendas. Muitos deles estão doentes, segundo auditores. A ação dos fiscais na região produtora de soja, café e arroz deve continuar na próxima semana.

Uma das propriedades onde se constatou trabalho degradante, a fazenda Barra Mansa, pertence ao grupo Agrofava, que produz grãos. Procurada para comentar o caso, a administração da Agrofava não retornou o telefonema. A outra propriedade, fazenda São Joaquim, pertenceria a um empresário conhecido por Neto. “Os trabalhadores foram alojados em verdadeiras pocilgas”, disse o auditor Sérgio Carvalho, coordenador da operação.

Com a retirada dos trabalhadores das duas fazendas goianas, chegará a 11.439 o número de trabalhadores em situação de escravidão libertos nos últimos dez anos no País.

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