Filha de sem-terra pode ter sido morta como ?queima de arquivo?

A Polícia Civil de Cascavel investiga a hipótese de Emanuele de Souza, 5 anos, filha da coordenadora regional do MLST Jocélia de Oliveira Costa, 31 anos, ter sido assassinada como ?queima de arquivo?. Segundo o delegado Amadeu Trevisan Neto, responsável pelas investigações, testemunhas contaram que os dois principais suspeitos ? Ademar Alves de Lima e Paulo Rodrigues de Lima ? haviam sido expulsos do acampamento por Jocélia. Ela e a criança foram assassinadas na noite de domingo (18).

?Acreditamos que, no momento em que entraram no barraco para matar Jocélia, a garota os reconheceu. Eles decidiram matar a garotinha para evitar que ela os entregasse para a polícia?, disse o delegado.

Até o final da manhã desta quinta-feira (22), o delegado aguardava a decisão judicial que pode decretar a prisão preventiva dos dois suspeitos. De acordo com informações Fórum de Cascavel, o Ministério Público já deu o parecer favorável à decretação das prisões e agora o pedido é analisado pelo juiz Gustavo Hoffmann, da 3.ª Vara Criminal da cidade.

Crime

Jocélia era líder regional do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) e vivia com a filha acampada às margens da BR-369, entre as cidades de Corbélia e Cascavel, na região Oeste do Paraná. Na noite do último domingo (18), ela e a filha foram assassinadas. O sem-terra Ezequias Faleiro, de 31 anos, foi ferido na perna com os tiros disparados pelos assassinos e que vitimaram Jocélia.

Conforme o que o delegado apurou até o momento, o assassinato dela e da filha pode ter sido motivado por uma disputa pela liderança do movimento. Paulo Rodrigues de Lima, um dos suspeitos, já teria se desentendido anteriormente com Jocélia por estar interessado no comando exercido por ela.

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