Fernandinho Beira-Mar vai ficar três meses na Polícia Federal em Brasília

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, chegou hoje no início da tarde a Brasília transferido de Maceió, onde estava preso havia três meses. O traficante deverá ficar na carceragem da Polícia Federal na capital federal também por cerca de três meses, ou até que fique pronto um dos cinco presídios federais que estão sendo construídos no País.

"Beira-Mar só sairá daqui para um dos novos presídios federais, ou em Catanduva (PR), ou Campo Grande (MS)", afirmou o superintendente da PF em Brasília, Daniel Sampaio. Essa é a terceira vez que o traficante fica na carceragem da PF em Brasília.

Beira-Mar chegou às 14 horas. O traficante foi transportado em um avião Caravan da PF e desembarcou em um hangar da própria polícia. De lá, foi transportado em um comboio de cinco carros da PF e acompanhado por 16 agentes de Brasília e outros sete que vieram de Maceió.

A segurança na carceragem e arredores será reforçada durante a estada de Beira-Mar na superintendência. O traficante dividirá uma das sete celas da carceragem com outros dos 36 presos que estão no local.

Desde que saiu do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (SP), em julho de 2005, Beira-Mar passou por Santa Catarina e Maceió. Segundo Sampaio, é uma norma de segurança da Polícia Federal evitar que o traficante fique mais do que três meses no mesmo local.

Antes disso, Beira-Mar já havia estado preso em Brasília – logo depois de ter sido capturado na Colômbia – e no Rio, no presídio de Bangu III. De lá, foi para Presidente Bernardes por um acordo entre o governo do Rio, que alegava não ter condições de mantê-lo lá, e o governo paulista.

Na quinta-feira, o secretário estadual de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, revelou que São Paulo recebeu Beira-Mar porque a polícia do Rio teria descoberto um plano do traficante de explodir três hotéis na zona sul do Rio. "Poderia ser blefe, mas e se não fosse?", perguntou Furukawa.

Segredo

Antes de sair de Maceió, o destino do preso era secreto. Só no fim da manhã, quando o traficante estava desembarcando na capital federal, foi confirmado o seu retorno à Superintendência da PF em Brasília.

No fim do ano passado, o governo de Alagoas chegou a pedir a saída do traficante do Estado. Policiais federais apontaram falta de segurança da carceragem da Superintendência PF em Maceió para abrigar Beira-Mar.

Com base das denúncias feitas pelo Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas, publicadas na imprensa local, a Advocacia Geral da União pediu à Justiça Federal que solicitasse ao governo do Estado reforço na segurança de Beira-Mar. O governador Ronaldo Lessa decidiu ajudar, mesmo assim recorreu da decisão da Justiça.

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