Faturamento de pequena empresa cai 2,8% no semestre

As pequenas e médias empresas paulistas tiveram perdas no faturamento no primeiro semestre de 2006. De acordo com estudo divulgado hoje pelo Sebrae, a receita foi em média 2,8% menor do que no mesmo período do ano passado, passando de R$ 116,8 bilhões no primeiro semestre de 2005 para R$ 113,5 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, uma perda de R$ 3,3 bilhões no faturamento. Somente na comparação de junho de 2006 com junho de 2005, a perda foi de R$ 1,1 bilhão (-6,8%).

Em relação a maio, junho foi pior para o comércio, que teve redução de 12,5% na sua receita, a maior queda já verificada em um mês de junho pelo Sebrae. Já serviços e indústria registraram aumentos de 6,1% e 0,6%, respectivamente, em seus faturamentos. Na comparação com junho de 2005 com junho de 2006, as quedas na receita do comércio, serviços e indústria foram, respectivamente de -8,2%, -7,9% e -1,8%. Em termos absolutos, o faturamento médio mensal das pequenas e médias indústrias em junho foi de R$ 24,9 mil; o comércio ficou em R$ 13,4 mil; e serviços em R$ 15 mil.

Na avaliação do Sebrae, "a recuperação da economia está demorando a chegar às micro e pequenas". "Nesse primeiro semestre, o nível de inadimplência aumentou. Com as facilidades de crediário, ocorreu um grande comprometimento da renda familiar com as prestações, em especial de bens eletrônicos, como TVs e celulares. Outro problema é a taxa de câmbio muito baixa, que está ampliando a concorrência dos produtos importados no mercado interno e achatando a rentabilidade de quem exporta", explicou o diretor-superintendente do Sebrae, José Luiz Ricca.

Na pesquisa divulgada hoje, o Sebrae incluiu um indicador de expectativas do empresariado, que mostrou uma diminuição do otimismo no primeiro semestre do ano. Em janeiro, 30% das empresas acreditavam em uma melhora do seu faturamento e 36% que a economia brasileira iria melhorar. Em junho, estes percentuais caíram para 25% e 22%, respectivamente. Em compensação, aumentou a porcentagem de empresários que acreditam na estabilidade da economia, de 39% em janeiro para 50% em junho.

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