Farmacêuticos lançam sistema para trocar dados de remédios manipulados

Brasília – O Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral (SINAMM) será lançado hoje (1) à noite em São Paulo. Por meio dele, as farmácias de manipulação poderão trocar informações e conhecer regras para a produção de remédios. O mecanismo foi criado por iniciativa da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa 70% das farmácias desse tipo no país.

"No país, 82% das farmácias de manipulação são de propriedade de farmacêuticos e achamos que esses profissionais precisam de uma quantidade de informações cada vez maior para realizar melhor o seu trabalho", disse o presidente da Anfarmag, Hugo Guedes, em entrevista ao programa Revista Brasil , da Rádio Nacional AM de Brasília.

Segundo ele, o projeto visa também melhorar a qualidade dos profissionais da área, promovendo uma educação técnica e gerencial. O Brasil seria o único com essa tecnologia de manipulação no mundo. Por conta disso, a necessidade de padronizar as práticas internas das farmácias é ainda maior.

"Em todos os países do mundo onde existe manipulação, há uma padronização nos procedimentos e nós estamos trabalhando para ter um padrão brasileiro e gerar os controles de matéria-prima", afirmou Hugo Guedes. Pelos cálculos da Anfarmag, existem cerca de cinco mil farmácias de manipulação no país. Elas representam até 8% do mercado farmacêutico brasileiro.

No setor, 62% são micro e pequenas empresas. O maior problema enfrentado por elas seria monitorar o fornecedor de matéria-prima. O sistema poderá contribuir também para este controle. "Dentro do SINAMM, existe uma área específica destinada à qualificação dos fornecedores. A partir dela, eles serão monitorados", explicou o presidente da Anfarmag.

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