Extremistas islâmicos executaram ontem 23 curdos iraquianos seguidores de uma antiga seita no norte do Iraque. No restante do país, pelo menos 38 pessoas morreram em vários atentados. O massacre ocorreu em Mossul, onde militantes islâmicos interceptaram um ônibus que levava trabalhadores cristãos e da seita yazidi para a cidade de Bashika. De acordo com testemunhas os extremistas exigiram os documentos de identificação de cada passageiro e libertaram apenas os cristãos. Os yazidis foram levados para um beco na cidade, onde foram mortos a tiros.

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Segundo o porta-voz da polícia local, Abdul-Karim Khalaf, o ataque seria uma retaliação à morte de uma jovem yazidi que se havia convertido ao islamismo após ter se apaixonado por um muçulmano. A jovem foi forçada por sua família a voltar para sua cidade natal, onde foi apedrejada até a morte. Sites iraquianos exibiram imagens do apedrejamento.

Mustafa Ali Mustafa, que afirmou estar no ônibus no momento do seqüestro, relatou que um dos militantes disse: ?Amaldiçoados sejam. Não é de sua conta se uma mulher decide se converter ao Islã.? Após as mortes de ontem, centenas de yazidis saíram às ruas de Bashika para protestar. Cerca de 80% dos habitantes da cidade pertencem à seita. Outros 15% são cristãos e os 5% restantes são muçulmanos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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