A abertura da 1ª Conftec – Feira de Fornecedores da Indústria de Confecção, ontem (quarta-feira, 24), no Pavilhão de Exposições de Curitiba – Parque Barigüi, foi marcada pela sede dos expositores em aumentar suas vendas no mercado paranaense. Boa parte das 50 empresas que estão mostrando suas novidades em serviços, produtos, máquinas e equipamentos até o próximo sábado são originárias de outros Estados e apostam no Paraná como o principal mercado hoje para novos negócios no setor.

continua após a publicidade

O entusiasmo das empresas nasce da posição de destaque que o Estado ganhou nos últimos anos, se consolidando como o segundo maior pólo de confecção do Brasil, com 4,6 mil empresas que produzem 216 milhões de peças ao ano e geram faturamento anual de R$ 3,5 bilhões. "Hoje o Paraná com certeza é o nosso principal foco em ações de vendas. Vendemos 5% de nossa produção no Estado, mas esperamos em dois anos elevar esse número a 20%", diz Silvio Bodenmüller, consultor comercial da Panmatic Comércio de Máquinas e Acessórios Têxteis. A empresa tem sede em Blumenau (SC) e atende a todo o Brasil com o comércio de máquinas têxteis.

A importância do Paraná no setor também é o principal atrativo que trouxe a Agulhas Schmertz, que tem sede na Alemanha, e a sua principal distribuidora, a Casa das Agulhas, de São Paulo, à Conftec. Para o diretor da Schmertz, Alexander Moser, a subsidiária brasileira da empresa, que fica em Porto Alegre, tem planos de ajudar a importadora Casa das Agulhas a triplicar a venda de agulhas no Paraná. "Hoje, de toda a venda da Casa das Agulhas, 20% se destinam ao Paraná. Mas esse número pode aumentar pelo menos três vezes até 2008", acredita Moser.

Planos ainda mais ambiciosos tem a Ápice da Moda, de São Paulo. Importadora de strass termo-colante e fabricante de rendas, a empresa destina hoje 10% de sua produção para o Paraná, mas quer chegar a 40% nos próximos dois anos, englobando pequenos, médios e grandes empresários. "Embora tenhamos dez anos de mercado, só agora descobrimos o potencial do Paraná devido ao crescimento do Estado no pólo de confecção. E vamos investir forte em ações de marketing para chegar ao nosso objetivo", explica Agnaldo Pedroso, presidente da empresa.

continua após a publicidade

Feira abre portas

Entre as ações que cada empresa define para abrir mercado no Paraná, a participação na Conftec é vista como uma das mais importantes. "Participar em feira ajuda porque você consegue atingir vários interessados num único período. Além de vendas, isso ajuda a fazer a marca de nossa empresa se tornar mais conhecida", afirma Agnaldo Pedroso. Segundo ele, a expectativa com a feira é de R$ 2 milhões em negócios, dos quais pelo menos 10% disso já dentro do evento.

Silvio Bodenmüller, da Panmatic, aposta na Conftec como impulsionadora no objetivo de crescer no Paraná por se tratar da primeira edição da feira, o que, segundo ele, atrai ainda mais interessados. "Nós mesmos nunca havíamos participado de feiras fora de Santa Catarina. Vimos na Conftec uma ótima  chance para nos mostrar para o Paraná porque estamos em contato direto com o nosso público-alvo", declara.

continua após a publicidade

Para algumas empresas, a Conftec é uma cartada certeira depois de algumas tentativas frustradas de entrar no mercado. É o caso da Fashion Etiquetas, de Blumenau (SC). "Só 1% de nossa produção chega ao Paraná. Vínhamos tendo dificuldades por falta de boas parcerias com representantes. Com a nossa divulgação na Conftec, acreditamos que agora, sim, abriremos as portas no mercado paranaense, para onde queremos destinar pelo menos 10% de nossa produção", acredita o diretor comercial José Ely Vieira. A Fashion Etiquetas é a segunda principal empresa do seu segmento no Sul do Brasil e atende a clientes como Teka, Hering e Forum.