Exportações paranaenses para países do Mercosul sobem 58%

Os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) aumentaram as compras de produtos paranaenses em 58% no comparativo de janeiro a julho deste ano com o mesmo período de 2005. Com isso, o Paraná ultrapassou o patamar de vendas de US$ 498 milhões e alcançou o valor de US$ 786 milhões, em 2006. Nas importações, houve alta de 8%, passando de US$ 330 milhões para US$ 356 milhões. O Estado já apresenta saldo na balança comercial de 156 % nos sete primeiros meses em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Para o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Jacir Bergmann II, o Paraná tem dado forte estímulo ao empresariado para estabelecer negócios com os países do bloco. ?Nossas missões comerciais ao Mercosul revelaram potencialidades de um mercado emergente sem precedentes?, analisa. Segundo o secretário, empresários de países vizinhos também ficaram surpresos com a infra-estrutura do Estado. ?Nossa logística e posição geográfica nos torna automaticamente atraente para todos os países do Mercosul?, completa.

Entre os principais produtos exportados pelo Paraná ao Mercosul, os destaques ficaram para automóveis (com 12% na participação nas vendas), tratores e acessórios, produtos semifaturados de ferro e frango congelado. Nas importações, o setor automotivo também foi importante, reunido produtos como automóveis (22% de participação), caixas de marchas, trigo, painéis de fibra de madeira, leite integral, milhão em grão, azeitonas, alho e carnes desossadas.

Rodadas

Durante o mês de maio deste ano, mais de 100 empresários do Paraná e de estados vizinhos participaram das rodadas de negócios com um grupo de empresários da Venezuela, integrantes da comitiva do presidente Hugo Chávez.

O brasileiro Paulo de Oliveira, consultor de informática da Idaza, distribuidora de petróleo, buscou o intercâmbio de tecnologias com as empresas venezuelanas. ?Mostramos nossos serviços de automação para os empresários da Venezuela e também conhecemos o que eles têm a nos oferecer. Mas o principal intuito é exportarmos nossa tecnologia?, declarou. De acordo com o venezuelano Carlos Zambano, diretor da Protaining Equipament, empresa de equipamentos para treinamento físico e reabilitação, a rodada de negócios foi uma ótima oportunidade para exportar para o Brasil.

Os resultados, entre acordos comerciais e governamentais, foram acima de US$ 440 milhões, somando transferência de tecnologia paranaense aos governos estaduais e ao governo venezuelano e contratos de empresários brasileiros e do país sul-americano.

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