Expectativa de saldo da balança comercial não pára de subir

Analistas de mercado e instituições financeiras consultados pelo Banco Central
aumentaram suas expectativas quanto ao saldo da balança comercial neste ano. A
projeção, de US$ 33,85 bilhões na semana passada, passou para US$ 34 bilhões,
com reflexo positivo também no saldo de todas as transações correntes com o
exterior (operações incluindo receitas obtidas com exportações de mercadorias;
gastos com importação; pagamentos de juros da dívida externa; seguros e fretes
etc.), que deve ser de US$ 8,10 bilhões, e não mais os US$ 7,32 bilhões
imaginados na semana anterior.

Isso é o que revela o Boletim Focus,
distribuído hoje pelo BC, com base na pesquisa realizada na última sexta-feira
com uma centena de instituição e analistas de mercado sobre tendências dos
principais indicadores econômicos. A pesquisa mostra, na contramão, que o
crescimento da produção industrial neste ano será de 4,64%; menor, portanto, que
os 4,81 projetados na semana passada.

Com isso, a expectativa de
crescimento do Produto interno Bruto (PIB) cai mais um pouco. Da projeção de
3,69% há um mês, caiu para 4,67% na semana anterior, e agora está em 3,64%; e a
perspectiva de PIB (soma de todas as riquezas produzidas no país) para 2006
também cai junto: de 3,70% há um mês, para 3,62% na pesquisa anterior, e agora
para 3,50%.

O Boletim Focus manteve a projeção de US$ 14,50 bilhões para
a entrada de investimentos estrangeiros diretos neste ano (US$ 15 bilhões no ano
que vem). Também manteve o índice de 51,50% para a relação entre dívida líquida
do setor público e PIB, mas elevou de 50% para 50,20% a previsão da relação
dívida/PIB para 2006.

Os economistas consultados pelo BC estimam que a
cotação do dólar no final do ano será de R$ 2,75, e não mais de R$ 2,80 como
imaginavam na semana anterior; e a cotação para o ano que vem também cai de R$
2,95 para R$ 2,90. Cenário de mercado que não mexerá com a taxa básica de juros,
que deverá ser mesmo de 17,75% ao ano no final de 2005, caindo para 15% no final
de 2006.

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