Exames de aftosa no PR deram negativo, diz presidente da Abiec

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, disse há pouco que a entidade foi informada de que os exames nos animais suspeitos de terem contraído febre aftosa no Paraná deram negativo. "Com a notícia, é preciso agora que sejam tomadas decisões por parte do governo para que sejam reabertos os mercados fechados após as suspeitas de aftosa", disse Pratini, referindo-se aos embargo à carne, por parte de alguns países, a todo o Brasil e, em alguns casos, ao Paraná e a São Paulo.

Pratini sugeriu que deverão ser intensificadas as visitas de técnicos brasileiros nos mercados estrangeiros para que a suspensão dos embargos levantados em outubro ocorra o mais rápido possível. No caso de Mato Grosso do Sul, no qual ainda surgem focos da doença, o presidente da Abiec acredita que serão necessários pelo menos seis meses para o fim das barreiras à carne bovina.

O ex-ministro da Agricultura participou do 2o Congresso Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba (SP). Durante palestra no evento, Pratini considerou "muita coincidência" que os principais focos de aftosa no Brasil tenham surgido, na última década, em regiões de fronteira, mas evitou comentários diretos que pudessem atribuir a culpa aos países vizinhos pelo ressurgimento da doença em rebanhos no País. "O problema não é o Brasil ficar livre da febre aftosa e sim a América do Sul inteira ficar livre da doença", afirmou.

Pratini considerou ainda como "correta" a medida adotada por São Paulo de manter a barreira contra animais vivos e carne com osso do Paraná e de Mato Grosso do Sul, pelo menos até que haja um quadro mais concreto sobre o avanço, ou não, da doença entre os três Estados.

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