Ex-governador Newton Cardoso é acusado de farra aérea

O Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou ação civil pública contra o ex-vice-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso (PMDB), pelo uso irregular de um helicóptero pertencente à Polícia Militar. Newton, que ocupou o Palácio da Liberdade de 1987 a 1991 e foi vice-governador durante a gestão Itamar Franco (1999-2002), é acusado de praticar ato de improbidade administrativa, importando em enriquecimento ilícito e causando prejuízo aos cofres públicos.

Os promotores relacionaram 117 atos de improbidade, ou 117 viagens do ex-vice-governador de "natureza incontestavelmente particular". "O que nos leva a concluir que o então vice-governador se utilizava do veículo oficial, para uma quantidade vergonhosa de viagens em seu benefício particular", afirmam no documento. Ele já foi condenado pelo mesmo crime no ano passado. Newton entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) contra a condenação em primeira instância.

Na nova ação, o MPE pede condenação por improbidade administrativa e o ressarcimento aos cofres públicos dos recursos gastos com os deslocamentos irregulares no helicóptero de prefixo PP-EJN, calculados em R$ 178 mil, mais uma multa de três vezes essa quantia, o que totaliza R$ 714 mil. Os promotores pedem também a concessão de liminar para o bloqueio dos bens de Newton. A ação foi distribuída ontem para a 7ª Vara da Fazenda Pública Estadual. Newton não foi localizado para comentar o assunto. Seu advogado também não foi encontrado.

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