Brasília – Em depoimento na Sub-Relatoria do IRB (Brasil Resseguros SA) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, o ex-diretor de Gestão Corporativa da Furnas Centrais Elétricas Rodrigo Botelho Campos negou que tenha dado dinheiro da estatal ao Partido dos Trabalhadores, conforme havia dito o ex-deputado Roberto Jefferson. Botelho disse que o controle financeiro de Furnas é muito rigoroso e que isso jamais passaria despercebido dentro da empresa.
Ele negou também que tenha indicado ao IRB a empressa Assurê para ser a corretora de resseguros de Furnas. O dono da Assuerê é Henrique Brandão, ligado ao ex-deputado Roberto Jefferson. De acordo com matérias publicadas pela imprensa no ano passado, Brandão teria pedido R$ 400 mil ao ex-presidente do IRB Lídio Duarte em nome do ex-parlamentar. Em depoimento na CPMI dos Correios, Brandão, disse que não era "agente político" de Jefferson e que não pediu a Lídio Duarte mesada de R$ 400 mil para o PTB.
Em depoimento no ano passado na CPMI, o ex-presidente do IRB negou o pagamento de mesada ao partido. Lídio Duarte assumiu a presidência da Brasil Resseguros em março de 2003, por indicação do PTB, permanecendo no cargo até junho do ano passado, quando pediu demissão após as denúncias de corrupção no órgão.
O IRB está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por suspeita de realizar transações fraudulentas, como o pagamento de uma indenização de R$ 15 milhões por roubo de máquinas ocorrido na Companhia de Fiação e Tecido Guaratinguetá, segurada pela Companhia de Seguros Aliança da Bahia.