O ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, tenta de tudo para sair do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, onde está desde segunda-feira. O advogado Arnaldo Malheiros Filho recorreu ontem ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar libertá-lo. A decisão pode sair hoje
Um pedido de liminar já havia sido feito ao Tribunal Regional Federal (TRF), mas foi negado. Isso quando Edemar ainda estava na custódia da Polícia Federal (PF), na capital paulista. Malheiros Filho também pediu que seu cliente volte à custódia da PF, onde passou o fim de semana. A Justiça Federal em São Paulo negou o pedido. Outro pedido foi feito à Justiça em Guarulhos
Edemar foi preso na sexta-feira pela PF. Ele teve o pedido de prisão preventiva decretado pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal
Para o advogado, Edemar compareceu a todos os atos para os quais foi convocado desde a ação penal e não há motivos para a prisão. Além disso, disse Malheiros, seu cliente não vai ficar em uma cela especial. Por enquanto, consta que Edemar está só numa cela. Ele se encontra em regime de observação, no qual poderá ficar por até mais 14 dias. Mesmo assim, Malheiros garante que Edemar está firme. "Ele está reagindo com dignidade", afirmou.
O advogado impetrou outro habeas corpus no STJ pedindo a suspensão da tramitação da ação penal. Quer que sejam declaradas nulas todas as decisões do juiz Sanctis, inclusive a da prisão. Os pedidos são analisados pelo ministro Hélio Quaglia Barbosa, que, antes de decidir, verá se deve ou não ser o relator das ações.
Barbosa já cassou, em março, a liminar que garantia o direito da família do ex-banqueiro de continuar morando na mansão no bairro do Morumbi, avaliada em R$ 50 milhões.