Ex-campeão pelo Guarani é assassinado com cinco tiros

Nova Odessa, 06 (AE) – O ex-lateral-direito do Guarani, Mauro Cabeção, foi executado com cinco tiros na cabeça nesta sexta-feira à noite, em um bar na cidade de Nova Odessa, na Região Metropolitana de Campinas.

Por volta das 21h30, um homem encapuzado entrou no Bar do Nardo, na Rua Dante Gazetta, Vila Azenha, e disparou cinco vezes contra a cabeça do jogador, que foi campeão brasileiro pelo Guarani em 1978.

Depois de executar Mauro, o atirador entrou em um carro modelo Parati branca que o esperava na porta do bar, mas as testemunhas não anotaram o número da placa. O caso vai ser investigado pela única delegacia da cidade.

Depois do assassinato, houve uma aglomeração no local, que atraiu até mesmo o vice-prefeito da cidade, Luciano Dominiciano.

Mauro Cabeção tinha 48 anos. Foi um lateral vigoroso e clássico, que apoiava bem e defendia de maneira eficaz. Foi revelado pelo juvenil do Guarani e teve oportunidade no time de 1974. Defendeu o Brasil nos Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá, em 1976 , e atuou três vezes pela seleção principal.

Sua grande fase foi no elenco campeão brasileiro de 1978. Depois, foi transferido para o Grêmio-RS, esteve no Santos, na Portuguesa e no Cruzeiro, quando foi negociado pelo Grêmio como moeda de troca com o também lateral Nelinho.

Depois disso voltou ao Guarani, onde teve uma passagem discreta e perambulou por equipes pequenas do interior. Entre elas, Ituano, que na época não tinha a força do atual campeão da Série C. Encerrou a carreira no final da década de 1980. Era conhecido como ‘mão-aberta’, por nunca ter dinheiro, e estava “trabalhando de favor” no Guarani. Chegou a ser porteiro do Ginásio de Esportes e, atualmente, orientava alunos da Escolinha de Futebol do Guarani. Os torcedores se emocionavam ao ver um dos heróis da conquista mais importante trabalhando na portaria do clube.

O inesquecível elenco campeão em 1978 teve sua primeira baixa. Quando bateu o Palmeiras, o Guarani jogou com: Neneca; Mauro Cabeção, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Zenon e Renato Pé-Murcho; Capitão, Careca e Bozó. O técnico era Carlos Alberto Silva, que há duas semanas deixou o comando do América Mineiro.

Voltar ao topo