EUA e Coréia não aceitam Pyongyang como potência nuclear

Os Estados Unidos e a Coréia do Sul mantiveram nessa terça-feira a recusa em aceitar a Coréia do Norte como uma potência nuclear, sinalizando parte das dificuldades a serem enfrentadas pelos diplomatas quando forem retomadas as negociações em torno do programa nuclear bélico de Pyongyang.

Em contatos de alto nível realizados hoje em Seul, representantes americanos e sul-coreanos também concordaram com a necessidade da plena implementação das sanções impostas à Coréia do Norte pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa do teste nuclear conduzido no mês passado pelo governo norte-coreano.

Entretanto, americanos e sul-coreanos não mencionaram uma iniciativa por meio da qual Washington pretendia coibir a proliferação nuclear impedindo a circulação de navios suspeitos de tráfico. Participaram da reunião de hoje com autoridades sul-coreanas os subsecretários de Estado americano Nicholas Burns (assuntos políticos) e Robert Joseph (controle de armas e segurança internacional).

"Ambas as partes compartilham a visão de que o teste nuclear da Coréia do Norte representa uma grave ameaça à paz e à segurança na Península Coreana, no nordeste da Ásia e em outras partes do mundo", segundo uma declaração conjunta divulgada depois do encontro. "Ambas as partes reafirmam a posição de que a Coréia do Norte não será reconhecida como um país detentor de armas atômicas", prosseguia o documento.

Na semana passada, a Coréia do Norte aceitou encerrar um boicote de um ano às negociações multilaterais com China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Japão e Rússia. Entretanto, ainda não foi definida a data na qual as negociações serão retomadas.

Analistas acreditam que as perspectivas de progresso na próxima rodada de negociações são reduzidas, pois espera-se que a Coréia do Norte exija mais concessões por agora ser uma potência nuclear bélica. Até o momento, porém, nenhum dos participantes das negociações multilaterais sinalizou a possibilidade de reconhecer a Coréia do Norte como potência nuclear bélica.

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