EUA alertam Irã para recuar no Golfo Pérsico

O envio de um segundo porta-aviões dos Estados Unidos à região do Oriente Médio serviu de alerta ao Irã para que o país recue em sua tentativa de dominar a região, disse hoje um alto diplomata do governo norte-americano. O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, descartou negociações diretas entre os EUA e o Irã e disse que uma reaproximação entre os dois países não "será possível" enquanto Teerã não abandonar o enriquecimento de urânio

Hoje, o Irã informou que ainda está cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um dia depois de anunciar que tinha vetado 38 nomes de uma lista de potenciais inspetores da agência para o país. "O Oriente Médio não é uma região que será dominada pelo Irã", disse o subsecretário. "O Golfo não é uma porção de água que deve ser controlada pelos iranianos". Ao citar as frotas navais, Burns fez uma referência ao Centro de Pesquisas do Golfo, dos EUA, sediado em Dubai.

"O Irã terá que entender que os EUA defenderão seus interesses caso haja confronto entre os dois países", continuou. "Nós defenderemos nossos interesses se formos desafiados. Essa é uma mensagem que o Irã precisa entender".

O porta-aviões norte-americano USS John C. Stennis e outros navios estão a caminho do Golfo Pérsico, onde devem se juntar a uma outra frota ancorada na região. Ele deve deixar o local somente no fim de fevereiro. Com a chegada do Stennis ao Oriente Médio é a primeira vez que os EUA mantêm duas frotas na região desde a invasão do Iraque, em 2003.

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