Etapa do WQS em Floripa começa a esquentar

Depois de três dias e 72 baterias, com eliminação de 142 competidores, o Onbongo Pro Surfing, 36.ª etapa do World Qualifying Series (WQS), único evento seis estrelas da América do Sul, e que distribuirá US$ 125 mil aos competidores, chega hoje ao sexto round, reunindo as principais estrelas do evento.

Florianópolis, SC

– E a boa notícia para aqueles que vierem a Florianópolis para acompanhar o show de algumas das principais estrelas do surfe mundial: vários atletas que disputaram o WCT estarão em ação no WQS no mar da Praia Mole, correndo atrás de vagas nas quartas-de-finais do campeonato, de olho nos 2.500 pontos do campeão da etapa.

Estrelas como os brasileiros Flávio Padaratz, Fábio Gouveia, Guilherme Herdy, Victor Ribas, Danilo Costa, Armando Daltro, Paulo Moura e Neco Padaratz, além do paranaense Peterson Rosa, e estrangeiros como Tim Curran, Chris Davidson, Luke Stedman, Lee Winkler, Darren O?Rafferty, Toby Martin, Trent Munro e Tom Withaker, todos integrantes da elite do surfe mundial, são garantia de espetáculo nas ondas de 1,5m aguardadas para o dia de hoje na costa leste da Ilha de Santa Catarina.

Ontem o dia repetiu o céu cinzento e a chuva da véspera. Mas embora o mar tenha se apresentado mexido, as ondas com boa formação variando de 2 a 3 pés (1m a 1,5m) ajudaram os surfistas a alcançar as melhores notas da competição, principalmente nas baterias do final da manhã e início da tarde.

Melhor para o carioca Leonardo Neves. O bicampeão brasileiro do SuperSurf foi o recordista do dia. Fez a melhor nota (9,5) e o best-score do campeonato (17,5 na combinação das duas melhores ondas, com maior somatório). “Estava bem difícil de encontrar boas ondas, mas escolhi o mesmo lugar que o Odirlei (Coutinho) pegou sua última onda e deu certo”, revelou Neves, que disse não se importar com a bateria de hoje “Não me preocupo com adversários”, atestou o carioca.

Quem também se deu bem foi o paranaense Jihad Kohdr. Depois de avançar ao quinto round, ele conquistou ontem uma vaga entre os 64 melhores do campeonato, ao passar como segundo na sexta bateria da fase – perdeu para o havaiano Kekoa Bacalso. Hoje ele terá pela frente o amigo Marcelo Nunes (RN), Victor Ribas (RJ) e novamente Bacalso.

Jihad avança e mostra evolução

Os paranaenses já se acostumaram a torcer pelo “top” Peterson Rosa. Mas quem vem chegando e começando a ocupar seu espaço dentro das competições, é o matinhense Jihad Kohdr. Ontem ele teve uma bateria pesada, contra o vigésimo colocado do WQS (o norte-americano Bobby Martinez) o australiano Troy Brooks (46.º do WQS) e o havaiano Kekoa Bacalso (um nome que vem surgindo com força no cenário internacional).

E o resultado foi bom. Passou em segundo, atrás de Bacalso, que já havia o superado no dia anterior. Mas ao conquistar 14,40 ficou à frente de Martinez (8,33) e Brooks (13,47). “Foi uma bateria difícil, mas consegui escolher boas ondas”, comentou Jihad, revelando ainda que já havia enfrentado Kekoa, nos EUA, e batido o adversário outras duas vezes.

Ano de adaptação

Em seu primeiro ano como integrante da elite do surfe brasileiro, Jihad já ensaia os primeiros passos à elite mundial. Não teve resultados consistentes neste início de temporada, mas vem se recuperando bem na segunda metade do ano. “Tive um ano difícil, mas agora estou conseguindo me recuperar e alcançar resultados expressivos, como as duas vitórias neste evento”, comemorou.

Jihad ainda contou com a torcida especial do amigo e incentivador Alessandro Pulga, que está em Floripa para dar uma força a Jihad. “É sempre importante ficar junto com ele neste momento decisivo. Vou procurar dar uma força a ele para que obtenha um grande resultado”, finalizou Pulga.

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