Especialistas discutem normas para lipoaspiração

Cerca de 40 especialistas de todo o País estiveram reunidos no 1º Simpósio Brasileiro de Lipoaspiração em Dermatologia, que aconteceu neste final de semana na cidade de Taubaté, região do Vale do Paraíba. O objetivo do encontro foi elaborar um documento contendo normas e regras para restringir os procedimentos de lipoaspiração à profissionais como cirurgiões plásticos e dermatologistas. A carta será entregue a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) – ligada ao Conselho Federal de Medicina.

Segundo o coordenador do evento, o médico e professor universitário Érico Pampado Di Santis, a intenção é evitar a banalização do procedimento de lipoaspiração. "Infelizmente muita gente, sem especialização no assunto, executa os procedimentos sem a menor segurança. Prometem emagrecimento, um corpo perfeito…Mas não fazem exames prévios e muito menos seguem os procedimentos corretos para realizar a cirurgia", explica o médico.

Ele ressalta que a falta de cuidado coloca em risco a vida do paciente. Di Santis também critica os vários nomes designados à lipoaspiração com a intenção de atrair pacientes. "A técnica de lipoaspiração foi criada em 1982 por um americano e só chegou no Brasil há cerca de 10 anos. No entanto, algumas pessoas insistem em oferecer o procedimento como uma fórmula mágica de emagrecimento criando vários nomes como "hidrolipo" "lipinha" ou "lipoescultura". Esses termos são banidos pelos médicos.

Para o Dr. Samuel Henrique Mandelbaum, também coordenador do simpósio e professor de Dermatologia da Universidade de Taubaté, lipoaspiração é procedimento cirúrgico sério e como tal deve ser encarado . Ele explica que existem exames que são necessários antes da cirurgia, e cuidados posteriores são fundamentais. "A lipoaspiração faz parte do currículo das Residências Médicas em Dermatologia, e é realizada com segurança por profissionais treinados."

Neste sábado, especialistas e estudantes das áreas de cirurgia plástica e dermatologia participaram de uma seqüência de 16 cursos. A Sociedade Brasileira de Dermatologia irá analisar o documento elaborado no encontro, mas ainda não definiu data para se pronunciar a respeito das solicitações impostas pelos especialistas.

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