Envolvidos no “propinoduto” pegam penas de 14 a 17 anos de prisão

O ex-subsecretário adjunto da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio, Rodrigo Silveirinha foi condenado a 15 anos e 150 dias de prisão, por sua participação no caso que ficou conhecido como propinoduto. Além dele, foram condenados os auditores fiscais Rômulo Martins (17 anos e cinco meses), Sergio Jacome Lucena (16 anos e meio) e Axel Hammer (16 anos e cinco meses). A sentença foi anunciada há pouco pelo juiz Lafredo Lisboa, da Terceira Vara Criminal Federal.

O grupo foi acusado de enviar para o exterior cerca de US$ 33 milhões em dinheiro público. Pelo menos nove dos 23 acusados receberam penas que variam de 14 a 17 anos de prisão e houve uma absolvição. Os advogados do jogador Ronaldinho, Reinaldo Pitta e Alexandre Martins foram condenados a 11 anos, por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. O consultor Romeu Surfan recebeu a menor pena (três anos), enquanto Márcia Rodrigues, esposa de um dos fiscais, também acusada de pertencer ao esquema de corrupção, foi absolvida.

Na próxima segunda-feira, os advogados dos condenados vão entrar com pedido de anulação das sentenças. Eles alegam que o juiz Lafredo Lisboa divulgou as condenações na presença de pessoas que não poderiam na audiência e antes da publicação em livro oficial da Justiça Federal. Para eles, essa atitude contraria a Constituição Federal. As fraudes foram descobertas durante investigações do Ministério Público da Suíça, que checava informações sobre depósitos vultosos e irregulares em bancos daquele país. As autoridades européias notificaram o caso à Polícia Federal no Brasil, de onde vazaram as informações para a imprensa.

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