Empresário acusado de liderar “saúvas” se entrega à Polícia Federal

Apontado como um dos líderes de uma quadrilha especializada em fraudar licitações e vender produtos alimentícios estragados à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao governo do Amazonas, à Prefeitura de Manaus e ao Exército Brasileiro, o empresário José Maurício Gomes de Lima, que estava foragido desde ontem, quando foi deflagrada a Operação Saúva, se apresentou ontem à superintendência da Polícia Federal no Amazonas.

O irmão de Maurício, o empresário Cristiano da Silva Cordeiro, é apontado pela PF como a "rainha das saúvas". Ambos são donos de distribuidoras de produtos alimentícios e acusados de corromperem funcionários da Vigilância Sanitária de Manaus, servidores da Secretaria de Educação do Amazonas, coronéis e tenentes do Exército, a fim de fraudarem licitações.

Ao todo, 31 pessoas estão presas no Estado, entre elas o secretário executivo da Fazenda, Afonso Lobo, e um assessor do vice-governador Omar Aziz (PMN), acusados de integrarem um esquema que teria movimentado R$ 354 milhões, em seis anos.

Apenas um membro da quadrilha – um capitão do Exército, que passa férias na França – ainda não foi preso pela PF. A Operação Saúva foi realizada em seis Estados e no Distrito Federal.

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