Empresa suspeita foi investigada no caso Waldomiro Diniz

Uma das empresas envolvidas no escândalo de suposta compra de sentenças no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), a Betec Games Comércio, Participações e Empreendimentos Ltda. já tinha sido citada anteriormente em outra investigação sobre propinas e jogo ilegal: o caso Waldomiro Diniz, em 2004.

Beneficiada por uma decisão do desembargador José Eduardo Carreira Alvim, preso na semana passada acusado de ter liberado 900 caça-níqueis apreendidos, a empresa alugou na época do escândalo que as máquinas que pertenciam a Carlos Roberto Martins – ligado ao empresário de Goiás Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, filmado negociando propinas com Waldomiro. Nas mesmas investigações, surgiu o nome do bicheiro Antônio Kalil, o Turcão, preso, com Carreira Alvim, na Operação Hurricane.

O episódio das máquinas foi narrado à PF pelo próprio Martins. Em depoimento à polícia, em 13 de abril de 2004, Martins contou que alugou o equipamento ?mediante porcentual fixo? que a Betec, do Rio, passou a lhe pagar. Segundo ele, os caça-níqueis antes estavam parados em Goiás.

Em 2004, Waldomiro Diniz era subchefe da Casa Civil e um dos principais operadores políticos do então ministro José Dirceu, quando foram divulgadas suas imagens em 2002, supostamente negociando propinas com Cachoeira. Naquele ano, ele presidia a Loterj, que tinha função de fiscalizar casas de bingo no Rio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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