Em Curitiba, diversos exemplos de empreendedorismo social têm ajudado a promover experiências transformadoras para a cidade. A ong Aliança Empreendedora é um deles. Com o objetivo de apoiar empresas, organizações sociais e governos, assim como ajudar a desenvolver modelos de negócios inclusivos, a Aliança já tem vários cases de sucesso em seu currículo.
Com uma ideia na cabeça e muito desejo de realizá-la, mas não sabe como? É para este o público que a Aliança dá suporte. A ong também está focada no trabalho comunitário, o que tem levado muitas comunidades a saírem da periferia da economia tradicional e ganharem um lugar no mercado formal.
Fundada por um grupo de curitibanos em 2005, desde então a ong trabalha no fomento ao empreendedorismo para pessoas das classes C, D e E. O grupo cursava Administração de Empresas na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atuando em um projeto de extensão da universidade, o grupo percebeu que teoria e prática estavam desconectadas.
O grupo acredita que métodos simples são eficazes para levar em frente uma boa ideia e que não é preciso ter uma grande fortuna à disposição ou uma infraestrutura elaborada para realizá-la.“Já contabilizamos vários cases de sucesso. O mais legal é que através da Aliança, dá para unir o empreendedorismo do todo o Brasil, derrubando as fronteiras”, destaca Caroline Meira, assistente de comunicação da ong.
Caroline explica que a Aliança desenvolve e sistematiza metodologias de apoio para diferentes públicos de microempreendedores. Todas as metodologias possuem uma linguagem simples, que conversam com o microempreendedor independente de sua escolaridade.
Para que isto aconteça, a ong trabalha em frentes para ampliar e desenvolver conhecimentos através de redes, mercado e crédito. A primeira delas é a inclusão empreendedora. Cada projeto é construído de forma conjunta e colaborativa com os parceiros. O foco é o impacto direto na vida do microempreendedor.
A metodologia de trabalho das capacitações também estimula desafios alcançáveis e pequenas vitórias que tragam respostas rápidas ao microempreendedor – combustíveis do empreendedorismo – integrando teoria e prática de forma a atender aos interesses e necessidades dos participantes.
Ao final do processo, os microempreendedores estão aptos a analisar as dificuldades e problemas que enfrentam em seus negócios e buscar soluções para enfrentá-los.
Para que os recursos se multipliquem, a metodologia da Aliança Empreendedora se baseia em quatro pilares: o empreendedor precisa saber quem ele é, o que sabe, o que tem e quem conhece.
O desenvolvimento do microempreendedor resulta em seu empoderamento e autorreconhecimento como empreendedor. Muitos microempreendedores apoiados se tornam exemplos locais e contribuem ativamente para o desenvolvimento econômico e social de suas comunidades.
O que é
O empreendedorismo nem sempre está ligado à geração de um negócio e consequentemente, ao seu lucro. Antes de tudo, o conceito está relacionado à promoção de ações que sejam capazes de mudar uma realidade. A este tipo de ação, dá-se o nome de empreendedorismo social.
Mas afinal, o que é empreendedorismo social? A proposta é bem simples: utilizar técnicas de gestão, inovação, criatividade, sustentabilidade entre outras ações, cuja prioridade seja valorizar o capital social de uma comunidade, bairro, cidade ou mesmo país. Em resumo, os empreendedores sociais buscam transformar o mundo e melhorar a vida das pessoas utilizando técnicas do dia a dia de uma empresa.