Valendo-se da experiência em plataformas de internet, um grupo de jovens empreendedores em Curitiba criou uma série de aplicativos que entre outros benefícios, ajudam a população a comprar remédios mais em conta, ler livros ou conferir a agenda cultural da cidade. E o melhor é que todos podem ser baixados no celular, gratuitamente.

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Representante de laboratórios da indústria farmacêutica por 12 anos, Daniel Ropelatto, por exemplo, descobriu após muita conversa com médicos sobre as necessidades dos pacientes. “Aprendi a olhar melhor a necessidade de quem precisa do medicamento”, observa. Com o objetivo de ajudar este mesmo paciente e depois de muita pesquisa, deixou o emprego e aplicou suas economias no desenvolvimento do aplicativo HelpRemedios, disponível nas plataformas iOS e Android.

Nele, o usuário pode conferir o preço do medicamento que necessita, quantas farmácias cadastradas existem na sua região e se a farmácia entrega em casa. “O aplicativo usa o localizador e faz a comparação de preços. Com ele, o usuário pode conferir, inclusive, o valor sugerido pelo fabricante”, explica Ropelatto.

“Poucas pessoas percebem, mas a variação do preço dos remédios no país é absurda”, complementa. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, no caso dos medicamentos genéricos, essa diferença supera a casa dos 5.000%. “Um medicamento que custa menos de R$ 1 em algumas farmácias pode custar mais de R$ 20 em outras”, exemplifica.

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O HelpRemédios permite, também, que o consumidor faça uma análise completa sobre cada um dos medicamentos cadastrados no sistema, levantando o nome do fabricante, o princípio ativo, o preço máximo que pode ser vendido pelas farmácias e as suas apresentações. Ropelatto teve que estudar as leis que regem a comercialização de medicamentos pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa). “Eles são muito criteriosos”, lembra.

Outra facilidade proposta pela ferramenta é de que o medicamento seja pago diretamente no aplicativo, via cartão de crédito. “Nós acreditamos que cuidar da saúde não precisa ser tão complicado. Vamos ajudar as pessoas a tratarem seus problemas, sejam eles agudos ou crônicos, com comodidade e conveniência”, explica Ropelatto.

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Como funciona o HelpRemedios

Aplicativo HelpRemedios localiza as farmácias mais próximas do usuário (Foto:Raquel Tannuri Santana).

O usuário baixa o aplicativo que pode ser em plataformas iOS ou Android.

Digita o nome do medicamento.

O aplicativo faz a busca de preços, já com o nome da farmácia mais em conta e mais próxima do local em que está.

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Clube do livro e de trocas

A exemplo do que já acontece com filmes e séries, em que o usuário paga um preço mensal fixo e tem acesso a um acervo, o estudante do curso de MBA em Gestão de Negócios da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Curitiba, Leonardo Fabrício Teixeira, em parceria com o irmão, Lucas Fabrício Teixeira, e o amigo Marcelo Santos Martins Gomes (Zulu), desenvolveu um modelo de negócio que reúne, em uma única plataforma, os benefícios das redes sociais e as funcionalidades dos aplicativos mobile: o Matchbook.

A aplicativo permite aos usuários organizar suas leituras e compartilhar opiniões, além de encontrar novos títulos de livros. O projeto garante ainda a entrega e devolução gratuita do exemplar físico no local mais conveniente para o cliente. Ao todo, os sócios investiram cerca de R$ 12 mil e levaram um ano no desenvolvimento do projeto, que já conta com 24 mil membros.

A professora Silvana e os irmãos Leonardo e Lucas, do aplicativo Matchbook (Foto:Raquel Tannuri Santana).

Para Leonardo, além da interação entre os usuários, um dos diferenciais do Matchbook é o preço da assinatura (R$ 19,90) – mais barata que um livro – e o prazo ilimitado para devolução dos exemplares emprestados. “Com a facilidade de um clique, o assinante visualiza uma série de livros do gênero literário de sua preferência e, assim, desenvolve um hábito de leitura, proporcionando entretenimento e cultura”, ressalta.

Com planos para o futuro, o jovem empreendedor pretende expandir o serviço para todo o Brasil, colocando à disposição dos usuários livros digitais e áudio-livros. “O objetivo é deixar a leitura mais fácil e acessível para que os leitores façam bom proveito desse investimento, lendo o maior número de livros possível e compartilhando suas experiências”, sinaliza ele.

Para a professora Silvana Weber, que coordena o Programa de Empreendedorismo e Inovação (Proem) no Campus, o potencial do projeto para ingressar na Incubadora de Inovações Tecnológicas da Universidade é um desafio. “Muitas vezes, o processo de incubação é essencial para a consolidação e a sustentabilidade de projetos inovadores, como o Mathbook”, salienta. (RTS).

 

Como funciona o Matchbook

O assinante paga uma mensalidade no valor de R$ 19,90 e pode escolher qualquer livro do acervo.

No prazo de 24 horas, o livro é entregue no endereço de escolha, sem custo adicional.

São cerca de 3 mil títulos, de lançamentos a clássicos e coleções, todos organizados por gênero.

Depois de ler o livro, o cliente escolhe outro título e a troca é feita no endereço indicado pelo leitor.

Assinatura pode ser cancelada a qualquer momento.

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Agenda cultural em um clique 

Daniella Feder, do aplicativo Mime Agenda Cultural (Foto: Divulgação).

A jovem Daniella Feder tem apenas 27 anos, mas já se vira nos 30, como ela mesma gosta de brincar. Depois de criar blogs e revistas sobre a agenda cultural de Curitiba, ela finalmente chegou a um formato que condiz com a sua ideia do que era ideal para divulgar teatro, dança, exposições, balada, gastronomia, feiras, workshops e tudo o que ela considera “bacana” na cidade, o aplicativo Mime Agenda Cultural.

“O objetivo é motivar as pessoas a ocuparem os espaços culturais do jeito que a gente gosta: ampliando o interesse por cultura. Afinal, a arte alimenta a alma”, destaca Dani. De acordo com ela, os curitibanos reclamam muito que não tem o que fazer na cidade. “Na realidade, quero tirar as pessoas do sofá. A cidade tem muitas coisas de qualidade acontecendo. É preciso sair de casa e ocupar a cidade”, pede.

O aplicativo disponibiliza cerca de 50 sugestões por final de semana. Dani levou cerca de 5 anos para tirar a ideia do papel e agora está em busca de patrocínio. O aplicativo, de acordo com ela, é um veículo do grupo Post Comunicação Ltda, mas quem transforma a ideia em produto final é a equipe de desenvolvedores mobile da Phaneronsoft. “São eles os responsáveis pela tecnologia e funcionabilidade do aplicativo”, explica (RTS).

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