A suspensão do acordo que dispensava o visto para brasileiros em viagem ao México e de mexicanos com destino ao Brasil passa a valer no dia 23 de outubro. Até lá, a embaixada brasileira no México espera reestruturar o setor consular para atender os turistas interessados em visitar o Brasil. Calcula-se que o número de pessoas na embaixada em busca do visto seja de 150 a 200 por dia a partir daquela data. Com base em estatísticas de 2003, último ano em que o visto foi cobrado, a procura anual deve incluir 30 mil mexicanos.

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"Estamos neste momento nos preparando para esse esforço administrativo. Existe uma série de procedimentos que deve ser observada para recebermos os mexicanos da forma mais rápida, eficiente e simpática possível", afirma o chefe da seção consular da Embaixada do Brasil no México, Gustavo Guimarães, que hoje conta com seis funcionários no setor, número considerado insuficiente para o breve aumento na demanda por vistos.

O diplomata brasileiro explica que, como o acordo foi suspenso a pedido do México e, não cancelado ("denunciado", no jargão diplomático), o visto volta a ser necessário em 45 dias, metade do tempo previsto nos casos de cancelamento. Com isso, os mexicanos acenam para, em tese, uma possível revisão do ato, mas também deixam claro a disposição para retomar a exigência do visto em um prazo mais curto.

A representação diplomática mexicana no Brasil conta com uma estrutura que inclui, além da embaixada, sete consulados. Nos anos 90, o México chegou a receber 200 mil turistas brasileiros. A maior parte deles com destino a Cancun. Em 2004, esse número baixou para 60 mil, em conseqüência do desaquecimento da indústria do turismo no Caribe.

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