Em pronunciamento, Renan defende a reforma política

O presidente do Senado e candidato à reeleição, senador Renan Calheiros, encerrou seu pronunciamento de 18 minutos em que apresentou a candidatura, procurando desatrelar seu nome de qualquer interesse do governo federal na condução do Congresso e comprometendo-se com a realização da reforma política e da fidelidade partidária. "Nunca é demasiado lembrar que não há democracia sem Congresso forte. A autonomia e a independência não são discurso, são prática", disse Calheiros, lembrando que, durante sua gestão, foram abertas cinco CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito).

Segundo ele, as investigações das CPIs transcorreram sem atropelos e sem que o Senado indagasse "a absolutamente ninguém se seriam desconfortáveis". Calheiros disse que as CPIs cumpriram suas obrigações "sem nenhum tipo de ingerência interna ou externa"

Conhecido pelo seu bom relacionamento com o Palácio do Planalto, o senador alagoano fez questão de declarar: "Nunca permiti nem permitirei que a cordialidade possa confundir governabilidade com submissão e boa-vontade com subserviência. Nossos patrões são os brasileiros.

Calheiros criticou o excesso de medidas provisórias (MPs) editadas pelo Executivo, que chegaram a trancar 71% das sessões de votação entre 2004 e 2006. Ele defendeu a aprovação de uma reforma política com o dispositivo da fidelidade partidária e com adoção do sistema de listas de votação para os partidos escolherem seus candidatos a cargos eletivos. "Quem morreu no Brasil não foi a ética, o que apodreceu foi o nosso sistema político", declarou.

O presidente do Senado disse ainda que assumia o compromisso de criar, se for reeleito, uma subcomissão para tratar de reforma tributária. Por fim, afirmou que, durante sua gestão, a Mesa Diretora do Senado conseguiu fazer uma economia de R$ 70 milhões cortando gastos.

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