Depois de dois mandatos como deputado federal, o economista Aloizio Mercadante, de 48 anos, tenta o Senado. Uma vez eleito, terá papel de destaque num eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o mais importante articulador do Planalto no Congresso. Mas, agora, prefere falar de propostas. Suas plataformas: o emprego, o desenvolvimento econômico e a educação.
Filiado ao PT desde sua fundação, em 1980, despontou no cenário político em 1989, como o principal articulador econômico da primeira campanha presidencial de Lula. Em 1990, elegeu-se deputado, o mais votado do partido. Assumiu dizendo que era hora de o PT apresentar propostas e negociar mais.
No Congresso, Mercadante se notabilizou pela virulência das denúncias contra o então presidente Fernando Collor, nas CPIs do Esquema PC e do Orçamento. Em 1994, candidatou-se à Vice-Presidência na chapa de Lula. Com a derrota para Fernando Henrique Cardoso, ficou sem mandato, retornando à Câmara em 1999.
O petista integra ainda a lista das “Cem Cabeças do Congresso Nacional”, um levantamento anual feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Filho de um ex-general do Exército, é formado em economia pela USP e leciona em universidades há 25 anos. Tem dois filhos – Pedro, de 16 anos, e Mariana, de 18 – e é casado com a socióloga e também professora Regina Barros, de 46 anos. Torcedor não-fanático do Santos, escreve poesias – que não mostra para quase ninguém.